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Ex-presidente do Supremo diz que “hoje a vida pública não atrai pessoas de valor”.

"[O País] precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do Estado", declarou Barbosa, em entrevista. (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

Joaquim Barbosa, ex-procurador da República e ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), onde também ocupou a presidência, foi o entrevistado de Roberto D’Avila na noite dessa quarta-feira na GloboNews. Ele, que foi o primeiro convidado do jornalista na estreia de seu programa, em março de 2014, volta para analisar o atual momento político do Brasil e os desdobramentos da Operação Lava-Jato no Congresso e na sociedade.

Fora do cenário político, ele diz que vê o Brasil como um País sobressaltado. “A cada momento acontece uma estupefação nova”, declara. Sobre a crise política atual, o ex-ministro é enfático ao dizer que o País “precisa de lideranças políticas com visão clara de sociedade para completar essa formação inacabada do Estado”.

Barbosa afirma que parte das instituições continua funcionando, sobretudo as de controle do Estado, como a Polícia Federal. Mas cita a Presidência como a que menos funciona. “O presidente é o centro de gravidade, o catalisador de todas as ações mais importantes. Precisa se comunicar com a nação, o que não ocorre hoje. A presidente se volta para si mesma, para os seus amigos, correligionários, não tem diálogo franco com a nação”, opina.

(AG)

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