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John F. Kennedy, um dos presidentes mais populares da história dos EUA, faria 100 anos nesta segunda-feira

John e Jacqueline Kennedy, no dia 22 de novembro de 1963, momentos antes do assassinato. (Foto: Reprodução)

John F. Kennedy é um dos poucos personagens cuja vida merece ser contada do fim. Assim, sua história começa no dia 22 de novembro 1963, em Dallas, nos Estados Unidos. Ele desfila com sua mulher, Jacqueline, em um Lincoln Continental conversível preto. Ao entrar na Praça Dealey, acena para a multidão. Em poucos segundos, dois disparos deixam o país em choque.

Morria o presidente mais jovem da história dos EUA. O mais charmoso. Até hoje, o único católico a ocupar a Casa Branca. Sua família ganhou status de clã, a monarquia que os americanos nunca tiveram.

Neste 29 de maio de 2017, Kennedy faria 100 anos. Na sua trajetória de vida há um mistério: a dissonância entre fatos e paixão popular. Os intelectuais o consideram um presidente sem brilho. Mas, na contramão, é considerado um semideus americano. O Depósito de Livros do Texas, de onde partiram as balas do rifle italiano de Oswald, virou um museu visitado por 350 mil pessoas todo ano. No livro de visitas, mensagens laudatórias comparando JFK a Jesus Cristo.

O primeiro ano de Kennedy na Casa Branca foi um desastre. Em 1961, nenhum projeto importante avançou no Congresso. Para piorar, ele autorizou a invasão de Cuba.

Mas em outubro de 1962, o mundo esteve à beira da destruição nuclear depois que um voo de reconhecimento americano descobriu 40 silos soviéticos sendo preparados em Cuba. Durante 16 dias, o presidente sofreu pressão de assessores para atacar. Com sangue frio, saiu-se bem com a imposição de um bloqueio naval à ilha.

O mais determinante foi seu último ano de vida. Em 1963, em discurso transmitido do Salão Oval, ele atacou a segregação racial, propondo pela primeira vez o que seria a Lei dos Direitos Civis.
Depois do assassinato, seus projetos vingaram graças à habilidade de Lyndon Johnson, o vice que virou presidente, e à quase necessidade de estabelecer um legado para o líder martirizado nas ruas de Dallas. (AE)

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