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John Lewis, pioneiro na luta pelos direitos civis, morre aos 80 anos nos Estados Unidos

Lewis era um dos últimos ativistas da época de Martin Luther King. (Foto: Reprodução/Twitter)

Morreu, aos 80 anos, na sexta-feira (1), um dos pioneiros do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos e um dos últimos ativistas negros da época de Martin Luther King: John Lewis, congressista de Atlanta, enfrentava um câncer no pâncreas, e estava afastado dos deveres legislativos nos últimos meses devido ao tratamento.

Lewis, mesmo afastado, participou da luta pelos direitos civis até o fim. Em junho ainda participou de um ato próximo da Casa Branca, em Washington, durante protestos antirracistas motivados pela morte de George Floyd, afro-americano morto por sufocamento por um policial branco de Minneapolis.

O ativista John Lewis nasceu em Troy, no Alabama, em 1940. Ele era o quarto de dez irmãos de uma família de camponeses e cresceu em uma comunidade totalmente negra. Aos 21 anos se tornou um dos fundadores dos “Passageiros da Liberdade”, contra a segregação racial no sistema de transporte público americano na década de 1960. Foi também o líder mais jovem na histórica manifestação de 1963 em Washington, na qual Luther King proferiu o discurso “I have a dream” (“Eu tenho um sonho”). Quase morreu em 1965 durante uma manifestação antirracista pacífica em Selma, Alabama, quando teve um crânio fraturado pela polícia. Lewis entrou para o Congresso americano em 1986 e logo se tornou uma autoridade moral.

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