O jornal americano The Washington Post publicou nesta sexta-feira uma (03) uma reportagem sobre o cenário político no Brasil. Usando o Datafolha como referência, o jornal diz que o País está dividido sobre o destino político do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No título, o jornal afirma que o Brasil se divide entre cadeia ou Presidência para Lula. E traz ainda que a pesquisa sedimenta a ideia de que Lula será importante na disputa ou fora dela. A reportagem diz também que o PSDB tem dois potenciais candidatos, mas que nenhum chega a 10% das intenções de votos.
A defesa do ex-presidente Lula protocolou na quarta-feira (1º) petição ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava-Jato na primeira instância, questionando a forma como a PF (Polícia Federal) planeja fazer a perícia nos sistemas da empreiteira Odebrecht denominados “Drousys” e “MyWebDay”.
Segundo os advogados de Lula, o juiz “negou acesso a esses sistemas, mas mandou a PF realizar uma perícia”. “Na decisão de Moro, os assistentes técnicos nomeados por Lula poderiam acompanhar toda a perícia. A PF, no entanto, quer rever isso. Os policiais querem apenas que o Ministério Público Federal e os profissionais indicados pela Odebrecht estejam presentes”, aponta a defesa.
Os advogados do ex-presidente pedem que “seja revista a forma da realização da perícia” e que seja permitido “que o assistente técnico da defesa possa acompanhar todos os atos e possa ter acesso à íntegra dos sistemas e não apenas aos elementos separados pela acusação e demais órgãos de persecução do Estado”.
Data
A PF deve começar no dia 10 de novembro uma perícia nos sistemas eletrônicos MyWebDay e Drousys – usados pela Odebrecht para gerir o pagamento de propinas – que pode verificar se houve algum registro de suposto pagamento de vantagem indevida ao ex-presidente Lula. A data foi informada na terça-feira (31) pela PF ao juiz Sérgio Moro. A polícia não faz previsão de data para o fim dos trabalhos.
A análise dos softwares foi determinada por Moro no dia 13 de setembro, após pedido da defesa de Lula em processo da Lava-Jato no qual o petista é acusado de ter recebido propina da Odebrecht na forma de um terreno em São Paulo para o Instituto Lula – nunca usado pela entidade – e de um apartamento em São Bernardo do Campo (SP). Em troca, o petista teria atuado para beneficiar a empresa em oito contratos com a Petrobras.
A defesa de Lula nega que o ex-presidente tenha recebido a posse ou a propriedade dos imóveis, menos ainda em contrapartida a uma atuação em contratos da Petrobras. Os advogados do ex-presidente chegaram a pedir uma cópia dos sistemas usados pela Odebrecht, o que foi negado por Moro. O juiz, então, solicitou a perícia para identificar se os softwares contêm “documentos ou lançamentos que possam estar relacionados com o objeto da presente ação penal”.
