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Jovem de 24 anos que aprendeu inglês sozinho é aceito em cinco universidades dos Estados Unidos

Estudante de engenharia conta que passou por processo demorado (Foto: Reprodução)

Ser escolhido para trabalhar em um dos locais mais concorridos do mundo sempre foi o sonho e o desafio mais recente de Matheus Akira Tomoto, de 24 anos, nascido em Sorocaba (SP). Para chegar até o cobiçado MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, foi preciso muita dedicação. Estudar inglês sozinho e enviar mais de mil currículos para universidades são apenas alguns exemplos. Além do MIT, o estudante entrou em contato para entrar em Harvard, Stanford, entre outras. “Incrivelmente, fui aceito por todas; as cinco principais universidades dos EUA”, comemora.

O estudante de engenharia mecatrônica da Facens (Faculdade de Engenharia de Sorocaba) conta que o processo para chegar até o MIT começou com o Ciência Sem Fronteiras e que nunca teve dinheiro para pagar curso de inglês. “Comecei a estudar por conta própria para passar no temível TOEFL [exame para validar o nível de conhecimento da língua inglesa]. Depois de duas tentativas, consegui passar. Mas foi só nos EUA que realmente aprendi a falar a língua”, lembra Matheus.

Matheus conquistou uma bolsa de estudos no cursinho da faculdade atual. “Era muito pobre. Sempre estudei em escola pública”, explica. Na ocasião, ele conta que estudou muito e, por meio do ENEM, conseguiu outra bolsa de 100%. Desta vez, para estudar engenharia mecatrônica”, comemora.

Pesquisador MIT.

O estudante conta que chegar até o MIT foi um processo demorado porque, além do currículo, também foi preciso escrever uma carta explicando o porquê ele era o candidato ideal para aquela vaga. “Tive que descrever em uma pequena redação porquê o Matheus era melhor do que os outros candidatos. Tive algumas entrevistas pela internet. Lembro que para uma das vagas, um doutor em física me perguntou: ‘Por favor, me explique todo o seu conhecimento sobre física’. Algo muito abrangente para ser respondido, utilizei mais de cinco minutos para responder a pergunta” relembra.

Depois de muitas tentativas e entrevistas, Matheus conseguiu uma vaga como pesquisador no MIT e, desde agosto deste ano, trabalha com um método chamado Machine Learning, sistema em que as máquinas são capazes de aprender sozinha, sem a intervenção humana.

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