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Jovem denuncia faculdade nos Estados Unidos por tê-la punido após relatar estupro; instituição proíbe sexo antes do casamento

O estudante acusado de estupro por Mara Louk não foi expulso. (Foto: Reprodução/Instagram)

Uma jovem acusa uma faculdade cristã no Tennessee, nos EUA, de tê-la banido do campus após fazer uma queixa de estupro por um colega de classe no apartamento dela. Pelas regras da Visible Music College, na cidade de Memphis, os alunos são proibidos de fazer sexo antes do casamento.

Mara Louk diz que, depois que relatou a agressão sofrida, ela recebeu uma escolha: confessar que descumpriu a norma e terminar os estudos remotamente ou ser expulsa. O estudante acusado de estupro não foi expulso.

Segundo a emissora de TV “NBC News”, Mara, de 22 anos, estava em seu último ano no curso de música moderna, com enfoque em composição, quando procurou a administração da faculdade em busca de apoio, relatando que havia sido “estrangulada e estuprada” por um colega de classe em novembro de 2021. Mara disse que desejava formular um plano de segurança com a instituição de ensino, além de contar com ajuda para registrar a ocorrência na polícia. Ela disse que dividia as aulas com o autor do abuso sexual e queria garantir que ele não a assediasse no campus.

Diante da resposta inesperada da Visible Music College, ela levou o caso ao Departamento de Educação dos EUA na quarta-feira (27). Ela pede que sejam realizadas duas investigações: uma para avaliar se a instituição violou uma lei federal de segurança do campos, que determina que faculdades aconselhem os alunos sobre suas opções de ajuda quando denunciarem crimes sexuais, e outra envolvendo discriminação de gênero. Para Cari Simon, advogada da jovem, qualquer vítima ficaria desencorajada a apresentar denúncias à instituição pela forma como a administração reagiu.

“Eu apenas me senti como… ‘por que eu falei?'”, disse Mara à “NBC”. “Foi realmente assim que me senti por muito tempo, porque tudo parecia continuar piorando.”

Ken Steorts, presidente da Visible, disse que a faculdade ainda não teve acesso à denúncia da ex-aluna, mas afirmou que “a Visible cooperará com qualquer investigação das alegações feitas na reclamação”.

Vídeos pornográficos 

Um parlamentar britânico que havia sido suspenso do Partido Conservador, do atual primeiro-ministro Boris Johnson, anunciou no sábado (30) a sua renúncia após admitir que por duas vezes assistiu a vídeos pornográficos em seu telefone celular na Câmara dos Comuns “em um momento de loucura”.

Os conservadores suspenderam Neil Parish na sexta-feira (29) após ele se reportar ao comissário de regras do Parlamento.

Parish renunciou, apesar de ter dito anteriormente que continuaria como membro do Parlamento enquanto a investigação estivesse em andamento.

“No final, eu pude ver o furor e o prejuízo que estava causando à minha família e à minha associação eleitoral, não valia mais a pena continuar”, disse Parish em lágrimas em entrevista à BBC no sábado.

Parish, que é fazendeiro, disse que a primeira vez que viu material explícito ele o encontrou por acidente, ao procurar tratores em um website de nome semelhante, e que então assistiu “por um tempinho, o que não deveria ter feito”.

“Mas meu crime, meu maior crime, é que, em outra ocasião, eu entrei por uma segunda vez, e isso foi de propósito. Eu estava sentado, esperando para votar, ao lado da Câmara.”

Perguntado sobre o que passava por sua cabeça, ele descreveu como “um momento de loucura”.

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