Ícone do site Jornal O Sul

Jovens e negros, ocupam a maior parte de mortes, por homicídio no país

No RS a taxa é de 64 homicídios a cada 100 mil jovens, uma média de 28,57% . (Foto: Banco de Dados)

Nesta quarta-feira foram divulgados dados sobre os índices de homicídios no Brasil. Os jovens entre, 15 e 29 anos, tem sido a grande maioria de vítimas de homicídio no país. De acordo com os dados do Atlas da Violência, o Brasil em 2017, bateu recorde de 65.602 mortes no país, e desses 35.783 foram jovens, representando uma média de 54,54%.

Os dados foram subdivididos também em alguns índices, por exemplo, assassinatos entre os 15 e 19 anos chegaram a 51,8%. Já entre 20 e 24 anos somou-se 49,4% e 25 a 29 anos o total foi de 38,6%. Esses números representam um total de 69,9 homicídios para 100 mil jovens no Brasil, significando a taxa de mortes nos últimos 10 anos. Outro dado relevante pela pesquisa representa a taxa nacional por regiões, o Rio Grande do Sul ficou abaixo da média nacional, com uma taxa de 64 homicídios a cada 100 mil jovens, uma média de 28,57% .

Um dado alarmante, por exemplo, é que a cada quatro pessoas assassinadas no Brasil, três eram negras. Isso significa uma média 16 por 100 mil o que para brancos seria de 43,1 para 100 mil habitantes. Ainda foi identificado pelo Instituto um crescimento na desigualdade racial, crescendo de 33,1% para os negros e 3,3% para outras cores. Só no Brasil a taxa de mortes de negros por homicídio cresceu em 7,2%, entre 2016 e 2017, gerando em torno de 14,734 mortes.

Entre outros dados levantados pelos pesquisadores, identificou-se pela primeira vez, o crescimento da violência contra a população de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais (LGBTI+). Os números de homicídios passaram de 5 em 2011 para 193 em 2017. As lesões corporais de 318 no ano de 2016 foram para 23 em 2017. O Ministério da Saúde também apontou alguns dados e 70% das violências eram contra o sexo masculino, e ao todo mais de 5.930 notificações de violência foram registradas em 2016. Outro dado levantado pelo Ipea foram homicídios por escolaridade.

Segundo a pesquisa, 74,6% dos homens e 66,8% das mulheres assassinadas entre 2007 e 2017 tinham até sete anos de estudo. Outro destaque foram os homens mortos em suas residências 15,9% e 68,2% nas ruas. Já as mulheres assassinadas em suas casas foram de 44,7% e nas ruas 39,2%. O Ipea ainda divulgou os meses do ano com as maiores taxas de homicídios são eles: dezembro, janeiro e março.

Sair da versão mobile