Um judeu ultraortodoxo esfaqueou seis pessoas nessa quinta-feira, na Parada Gay de Jerusalém, em Israel, disseram a polícia e testemunhas. O autor do crime, identificado como Yishai Schlissel, foi detido em flagrante. Ele havia sido libertado recentemente da prisão após ser condenado por um ataque similar, em 2005.
A parada transcorria em normalidade quando a celebração da multidão deu lugar a gritos de pânico. A primeira vítima, uma mulher, caiu ensanguentada no chão após os primeiros ataques. Depois, um homem com um rastro de sangue nas costas desmaiou. Outros quatro ataques ocorreram até que os paramédicos chegassem. Segundo o hospital Shaarei Tzedek, as duas primeiras vítimas, com cerca de 20 anos, estavam em estado grave.
Conforme a imprensa, após o ataque, milhares de moradores que não estavam na Parada Gay se uniram ao ato em solidariedade contra a homofobia. “O preconceito está entranhado na nossa cidade. Por isso a parada é necessária. Estamos tentando mudar isso”, disse Benny Zupick, 21 anos.
“É um caso muito grave e levaremos os responsáveis à Justiça. Devemos garantir que todo homem e toda mulher vivam em segurança quaisquer que sejam suas opções”, disse o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu.
“Pessoas celebrando sua liberdade e expressando sua identidade foram cruelmente esfaqueadas. Não podemos nos enganar. A falta de tolerância nos levará ao desastre e não podemos permitir crimes como esse. Devemos condenar quem os comete e quem os apoia”, afirmou o presidente Reuven Rivlin.