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Juíza rejeita ação contra vacina anti-coronavírus de funcionários de hospital nos Estados Unidos

Juiz tem prazo de cinco dias para prestar esclarecimentos sobre o episódio. (Foto: Reprodução)

Uma juíza dos Estados Unidos rejeitou uma ação de 117 funcionários de um dos maiores hospitais do Texas, que entraram na Justiça após serem obrigados a se vacinar contra a covid-19.

Os funcionários argumentaram que a ação do Hospital Metodista de Houston era ilegal, já que as vacinas disponíveis até o momento receberam autorização apenas para uso emergencial no país.

Na decisão, a juíza da corte federal Lynn Hughes negou a ação e afirmou que a segurança das vacinas não estava em jogo e a lei do Texas protege apenas funcionários que se neguem a cometer um crime.

“Receber uma vacina contra covid-19 não é um ato ilegal e não acarreta penalidades criminais”, escreveu Hughes na sentença.

O hospital estabeleceu 7 de junho como prazo para que os trabalhadores comprovassem ter recebido pelo menos uma dose, sob risco de demissão.

Vacinação nos EUA

Mais da metade da população americana já recebeu ao menos uma dose de vacinas contra a covid-19 até o momento (51,98%, segundo o “Our World in Data”, projeto ligado à Universidade Oxford).

O país tem uma das imunizações mais avançadas do mundo, com 309 milhões de doses aplicadas até o momento, atrás apenas da China (892 milhões) e à frente da Índia (249 milhões).

Em termos proporcionais, são 92,49 doses aplicadas a cada 100 habitantes, atrás apenas de países bem menores como Israel (122), Chile (106), Reino Unido (105) e Uruguai (93,52).

Importância de Houston

Houston é uma das capitais mundiais da medicina graças ao Texas Medical Center, um distrito da cidade que concentra hospitais e universidades.

Mais de 106 mil pessoas trabalham no distrito, onde cerca de 10 milhões de pacientes são atendidos todos os anos.

Novavax

A Novavax divulgou, nesta segunda-feira (14), dados preliminares que apontam uma eficácia geral de 90% em sua vacina contra a covid-19, e de 100% contra casos moderados e graves da doença. Os resultados ainda não foram publicados em revista científica.

A empresa não esclareceu se os 90% de eficácia geral incluíam casos assintomáticos da doença ou apenas casos leves.

Dos 77 casos de covid-19 nos testes feitos nos Estados Unidos e no México, 54 foram sequenciados geneticamente para determinar qual variante havia infectado o paciente.

A Novavax informou, apenas, que, desses 54 casos, 35 eram de variantes de preocupação e 9 eram de variantes de interesse, sem dizer quais eram essas variantes. Os outros 10 casos eram de outras variantes.

A empresa informou que, na época em que o estudo foi feito – de 25 de janeiro a 30 de abril –, a variante britânica (B.1.1.7) era a predominante nos Estados Unidos.

A Novavax já havia divulgado, em janeiro, resultados preliminares de testes de sua vacina no Reino Unido e na África do Sul. Enquanto os dados do Reino Unido apontaram para uma eficácia de 89,3%, os testes feitos na África do Sul concluíram uma eficácia de 49,4%. Dos 27 casos de covid-19 encontrados lá durante os testes, 25 tinham a variante local do coronavírus.

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