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Julgamento que pode cassar mandato do senador Sérgio Moro começa em 1° de abril

O ex-juiz da Lava-Jato foi eleito com mais de 1,9 milhão de votos. (Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado)

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) marcou a data do início julgamento que pode cassar o ex-juiz e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) para o dia 1º de abril. O desembargador eleitoral José Rodrigo Sade vai tomar posse no dia 6 de março, completando a composição da corte que vai julgar o senador. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quinta-feira (22).

Com a corte completa, o presidente do TRE-PR, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou a data do julgamento das Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJEs) contra o senador.

Moro responde por abuso de poder econômico na pré-campanha eleitoral de 2022. Ele nega as acusações. O julgamento do ex-juiz chegou a ser marcado para 8 de fevereiro, mas teve data suspensa pelo TRE-PR.

Participações

Além de Sade, o julgamento dos casos de Moro deve ter as seguintes participações:

– Desembargador Sigurd Roberto Bengtsson – presidente;
– Desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza – relator dos processos de Moro;
– Desembargadora Claudia Cristina Cristofani – juíza federal efetiva;
– Doutor Anderson Ricardo Fogaça – juiz de direito efetivo;
– Doutor Guilherme Frederico Hernandes Denz – juiz de direito efetivo;
– Doutor Julio Jacob Junior – classe de advogado efetivo.

Os processos de Moro

Sérgio Moro é alvo de duas AIJEs que apontam abuso de poder econômico, caixa dois e utilização indevida de meios de comunicação social durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Os processos, que são analisados em conjunto, também pedem a cassação do mandato do parlamentar.

Uma das ações foi protocolada pelo Partido Liberal (PL) e a outra pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV). Os protocolos foram feitos em novembro e dezembro de 2022, após as eleições daquele ano.

Em dezembro de 2023, Moro falou, em depoimento ao TRE-PR, que não obteve vantagem eleitoral e nega a acusação de desequilíbrio eleitoral causado por irregular pré-campanha ao cargo de presidente da República.

Seis desembargadores participarão da sessão, que pode durar mais de um dia. Todos votam e, em caso de empate, o presidente da Corte também vota.

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