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Julia Roberts encontra Dira Paes em Hollywood para promover filme com a brasileira: “Tocada com o nosso trabalho”

As duas estiveram com a diretora brasileira Marianna Brennand, de "Manas". (Foto: Reprodução)

Dira Paes passou o último fim de semana ao lado de Julia Roberts, uma das mais conhecidas atrizes de Hollywood, que atualmente se dedica à divulgação de “Manas”, filme da diretora brasileira Marianna Brennand que conta com a participação da atriz paraense no elenco.

Julia, vencedora do Oscar em 2001 por sua atuação em “Erin Brockovich: Uma Mulher de Talento”, recebeu convidados em uma sessão exclusiva realizada em Hollywood. O evento também contou com a presença do ator Sean Penn, que figura como um dos produtores executivos da obra.

“Foi emocionante ouvir da própria Julia, olhando nos meus olhos e segurando minhas mãos, o quanto ela estava tocada com o nosso trabalho, e depois receber generosamente aquele abraço sincero de quem diz: ‘estamos juntas!'”, disse Dira.

A exibição ocorreu no sábado (14). Durante o encontro, Julia se dirigiu ao público presente e afirmou:

“Estou muito animada com o que está prestes a acontecer com todos nesta sala, porque aconteceu comigo e vai transformar vocês. Este filme é uma afirmação da vida de uma forma tão triste, bonita e mágica.”

O longa “Manas” integra a lista dos pré-selecionados para disputar a vaga de representante do Brasil na corrida por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Internacional. O anúncio oficial sobre o título escolhido está previsto para esta segunda-feira (15). A produção acompanha a trajetória de Marcielle (Jamilli Correa), uma menina de 13 anos nascida na Ilha de Marajó, que decide enfrentar e questionar as engrenagens de violência presentes em sua família e também em sua comunidade. O filme já se encontra disponível na plataforma Globoplay, para os assinantes do pacote Telecine.

“O maior desafio foi fazer um filme sobre abuso que não trouxesse mais violência”, declarou Mariana em entrevista ao jornal O Globo, em maio. “A ficção abriu portas para construir personagens complexos e não tratar nada superficialmente. Foram 10 anos de pesquisa. Todas as violências são silenciadas por quem faz e por quem sofre. Dá vergonha, medo, algumas mulheres nem entendem que estão sofrendo violência. Outras, são ameaçadas. Às vezes, contava sobre o projeto e diziam: ‘Ai, não quero saber’. Tem gente que não quer nem olhar.”

Com este percurso, “Manas” chega ao público com a proposta de dar visibilidade a uma narrativa sobre resistência e sobrevivência, sustentada por uma construção cuidadosa de personagens e por um processo de produção que envolveu uma década de apuração, escuta e aprofundamento. (Com informações do jornal O Globo)

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