Mesmo antes do início dos testes clínicos em humanos, a chamada “pílula do câncer” pode começar a ser distribuída pelo único laboratório autorizado a produzir a substância no País, pelo valor de 6 reais por cápsula.
Desenvolvida no campus de São Carlos (SP) para o tratamento de tumor maligno, a substância é apontada como possível cura para diferentes tipos de câncer, mas não passou por esses testes em humanos e não tem eficácia comprovada, por isso não é considerada um remédio.
Ela não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária e seus efeitos nos pacientes ainda são desconhecidos. O “preço” teria sido calculado pelo laboratório PDT Pharma, ao ser questionado pela Justiça sobre a possibilidade de fornecer a fosfoetanolamina sintética mediante ordens judiciais.
Ao menos 12 liminares já obrigam o laboratório a fornecer as cápsulas aos pacientes com câncer em 30 dias, como afirmou o diretor do PDT Pharma, Sérgio Perussi. Até essa segunda-feira, outras 275 ações tramitavam na Justiça de São Paulo com o mesmo teor.
Até agora, o laboratório recebeu permissão somente para produzir o princípio ativo do medicamento e entregá-lo à Fundação para o Remédio Popular, que deve encapsular a substância e repassar ao Instituto do Câncer do Estado de São Paulo.
(AG)