A Justiça Federal bloqueou até agora 967 mil reais de um total de 13 contas ligadas ao presidente licenciado da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro Luiz da Silva, e do presidente da Andrade Gutierrez Energia, Flávio David Barra. Os dois foram presos na terça-feira, na 16 fase da Operação Lava-Jato, acusados de participação em esquema de pagamento de propinas em contratos de empreiteiras com a Eletronuclear para a construção da usina nuclear de Angra 3.
O juiz federal Sérgio Moro, que comanda as investigações da Operação Lava-Jato, decretou o bloqueio de até 20 milhões de reais nas contas de Othon Pinheiro, até 20 milhões de reais nas contas da empresa dele, Aratec Engenharia, Consultoria e Representações, e até 20 milhões de reais nas contas de Flávio Barra.
O rastreamento de contas é feito pelo BC (Banco Central). O bloqueio de quase 1 milhão de reais alcançou contas abertas em sete bancos – Bradesco, Itaú, Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Citibank e BNP Paribas – em nome de Othon Pinheiro, Flávio Barra e da Aratec Engenharia. De cinco contas em nome de Othon Pinheiro foram bloqueados 619.929,31 reais.
Da Aratec foram bloqueados 4.951,13 reais. Flávio Barra teve bloqueados 345.918,13 reais, distribuídos em sete contas diferentes.
O bloqueio dos ativos das contas ligadas a Pinheiro e Barra foi ordenado por Moro no mesmo dia da expedição dos mandados de prisão temporária contra Pinheiro e Barra. Ele determinou que o sequestro e confisco dos recursos nas contas deveriam ser suficientes para “atingir tais ativos até o montante dos ganhos ilícitos”. (AE)
