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Justiça condena ex-diretor da Petrobras, lobista e empresário por envolvimento no escândalo da estatal

De acordo com Cerveró (foto), Collor fez uma tabela com indicação de valores que deveriam ser pagos para o senador em relação a cada negócio da BR Distribuidora (Pedro França/AE)

O juiz federal Sérgio Moro condenou nesta segunda-feira (17) o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, o lobista Fernando Soares – o Baiano – e o empresário Julio Camargo à prisão em um processo da Operação Lava-Jato relacionado à contratação de navios-sonda pela Petrobras. Dos três condenados, só Camargo está em liberdade. Cabe recurso da decisão.

O doleiro Alberto Youssef, que está preso e também era réu no caso, foi absolvido. Moro entendeu que faltaram provas sobre as operações de lavagem denunciadas pelo Ministério Público Federal. Cerveró foi sentenciado a 12 anos, três meses e dez dias de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Camargo, que firmou um acordo de delação premiada, foi condenado a 14 anos de prisão por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O juiz, no entanto, determinou que ele cumpra cinco anos de prisão em regime aberto, que inclui prestação de serviços comunitários. A pena de Fernando Baiano por corrupção passiva e lavagem de dinheiro foi fixada em 16 anos e um mês de prisão. Os condenados também terão de pagar multas.

De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, Baiano e Cerveró receberam 40 milhões de dólares em propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de navios-sonda para a perfuração em águas profundas na África e no México. Baiano era representante de Cerveró no esquema.

 

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