O ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, tem apenas cinco dias úteis para comparecer à Superintendência Geral de Inteligência do Sistema Penitenciário (Sispen), no Rio de Janeiro, para a instalação de tornozeleira eletrônica. A determinação foi anunciada nesta sexta-feira (21) e assinada pelo juiz Leonardo Cajueiro, da 2ª Vara Criminal de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
O monitoramento eletrônico integra as medidas cautelares determinadas pela Justiça no último dia 14. Na ocasião, o ex-governador e a esposa, Rosinha Garotinho, tiveram R$ 18 milhões bloqueados. Além de usar a tornozeleira eletrônica, Garotinho está proibido de acessar ou frequentar a cidade de Campos e escritórios de representação do município em quaisquer componentes da federação. Foi também vetado ao ex-governador manter contato com as testemunhas arroladas na denúncia. Além disso, também foram determinados o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga, e a suspensão do exercício de função pública.
Operação Chequinho
As ações contra Anthony e Rosinha Garotinho têm relação com a Operação Chequinho, que investigou esquema de compra de votos na eleição municipal de 2016 na cidade de Campos dos Goytacazes envolvendo o programa social Cheque Cidadão. Segundo a decisão judicial, os R$ 18 milhões bloqueados correspondem ao total que teria sido desviado pelo casal da prefeitura de Campos no segundo semestre de 2016, quando Garotinho atuava como secretário de Governo e Rosinha era prefeita.
Anthony Garotinho é acusado de peculato e supressão de documentos. No caso do crime de responsabilidade de prefeito, o ex-governador teria coautoria com a mulher.