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Kell Smith e MC Lipi homenageiam Paulo Gustavo em parceria: “Sempre vai doer”

A lei presta uma homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu em 2021, aos 42 anos, vítima de covid. (Foto: Divulgação)

Buscando estimular a reflexão sobre nossas escolhas, MC Lipi e Kell Smith se uniram no single “Raro”. A faixa, que une um represente do funk a uma artista da música popular brasileira, ganhará uma nova versão no dia 13 de agosto. Em conversa com a revista “Quem”, a dupla falou sobre o projeto e o motivo de homenagear na composição o humorista Paulo Gustavo, morto em maio por complicações da covid.

“No primeiro dia em que iria me encontrar com a Kell já estava com o peito bem pesado. No caminho para o estúdio estava sentindo a partida do meu grande amigo e ícone do funk, uma grande perda para nós. Comecei a pensar como iria me expressar e passar falar para todos que a vida é um sopro e que devemos valorizar nossa família, amigos e cada segundo que vivemos (…). Como compartilhávamos o sentimento de perda de pessoas queridas, perdas ocasionadas pela pandemia e toda a situação que estamos vivendo no nosso país, decidimos seguir com esse recado para a rapaziada”, explica Lipi.

“Essa dor sempre vai doer. Porque quando um artista como Paulo Gustavo se vai, uma parte de nós morre em arte. Eu decidi homenagear a arte e vida desse gênio, que como tantas pessoas (mais de 500 mil delas) foi vítima de uma doença que ainda enfrentamos, pra que fosse possível imortalizar a importância da existência de um artista como Paulo”, acrescenta Kell.

A letra de Raro e todos os momentos difíceis que a pandemia nos trouxe dialoga sobre as nossas prioridades. “A pandemia me fez repensar sobre quais são os meus verdadeiros valores. Creio que fez isso para muita gente. Um vírus que parou a vida do mundo inteiro e nos deixou cheios de incertezas por tanto tempo, nos obriga a rever toda nossa vida. Meu foco agora é melhorar a vida da minha família, passar com eles o máximo de tempo possível. Sigo fazendo o bem quero estar sempre com meus amigos que são de verdade, que estão comigo de coração”, diz o funkeiro.

Kell e Lipi explicam também a decisão de fazer duas versões para o single. “Nós queríamos mostrar que o funk é um gênero que casa com outros estilos musicais, muitos ritmos. Funk funciona com forró, rap, trap… Além disso, podemos promover união. Entregamos essas versões de corpo e alma, para que o meu público conheça o trabalho da Kell e que o dela também se aproxime mais do meu universo. É uma celebração da música!”, explica o artista.

“Para entregar com todo carinho a música em suas várias possibilidades, para públicos diferentes. Uma maneira de exaltar a nossa diversidade e nos reafirmar como artistas brasileiros que amam sua música e seu povo. E é para o público que escrevemos e esse público é diverso. Sem dúvidas vejo a música como instrumento de transformação. E o nosso papel é esse mesmo. Representar, expressar e manifestar nossa verdade em forma de música. Porque não é sobre números. É sobre tocar pessoas”, acrescenta Kell.

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