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“Lamento que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo”, diz Eduardo Cunha

A afirmação de Cunha foi uma resposta à declaração feita pela presidenta Dilma sobre ele. (Foto: Jorge William/AG)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nessa segunda-feira lamentar que seja com um governo brasileiro o maior escândalo de corrupção do mundo, referindo-se aos casos de corrupção na Petrobras investigados pela Operação Lava-Jato. A declaração foi uma resposta à presidenta Dilma Rousseff, que, durante entrevista, na Suécia, lamentou que “seja com um brasileiro” a denúncia de contas não declaradas na Suíça contra o presidente da Câmara.

Cunha é um dos políticos denunciados pela PGR (Procuradoria-Geral da República). Em delação premiada, o lobista Júlio Camargo afirmou ter entregado 5 milhões de reais ao presidente da Câmara oriundos de desvios de contratos da estatal.

Paralisia das votações

Na entrevista, Cunha afirmou que o fato de ele estar na presidência da Câmara não representa ameaça ao governo de paralisia das votações. “Ninguém votou mais rápido aqui as coisas do que eu. Teve dia de eu votar três medidas provisórias. Todas as medidas do governo foram votadas aqui até com muita celeridade”, afirmou. De acordo com o presidente da Câmara, as derrotas do governo na Casa são consequência da desorganização da base aliada.

“Se o governo sofreu derrotas aqui ou não teve quorum para algumas votações é porque não tem uma base em condições de dar esse quórum e vencer as votações”, avaliou. Segundo Cunha, o que o governo precisa é recompor sua base. “O presidente [da Câmara] é apenas o coordenador dos trabalhados e pautador”, ressaltou ele. “Da minha parte, vai ser votada igual está sendo votada, tudo com celeridade e seriedade”, disse. (AE)

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