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Lewis Hamilton vence o Grande Prêmio da Hungria e assume a liderança do campeonato da Fórmula 1

Inglês fez a volta mais rápida da história do circuito e vai ser pole. (Foto: Reprodução/ Twitter Lewis Hamilton)

Com mais uma exibição perfeita, Lewis Hamilton venceu neste domingo o GP da Hungria de Fórmula 1, assumiu a liderança do campeonato e ficou a apenas cinco vitórias de igualar o recorde de 91 triunfos de Michael Schumacher. O inglês dominou a prova desde a largada, dada com pista úmida, e, após a troca para pneus slicks ainda no começo, abriu vantagem sobre os rivais.

Max Verstappen alcançou um excelente segundo lugar depois de bater na volta de alinhamento ao grid e quase ficar fora da prova – os mecânicos da RBR tiveram de trabalhar duro no grid nos minutos antes da largada. O holandês resistiu a um ataque final de Valtteri Bottas, que, após uma largada muito ruim, se recuperou para chegar em terceiro. No campeonato, Hamilton passou a somar 63 pontos contra 58 de Bottas.

Lance Stroll fez boa corrida e terminou na quarta colocação, seu melhor resultado na temporada. Também marcaram pontos, da quinta à décima colocações, Alexander Albon (RBR), Sebastian Vettel (Ferrari), Sergio Pérez (Racing Point), Daniel Ricciardo (Renault), Carlos Sainz Jr. (McLaren) e Kevin Magnussen (Haas). Na pista, o dinamarquês foi o nono, mas foi punido em dez segundos por receber orientação via rádio durante a volta de apresentação para trocar os pneus antes da largada – seu companheiro Romain Grosjean foi punido pelo mesmo motivo. A temporada 2020 segue daqui a duas semanas, com o GP da Inglaterra, no circuito de Silverstone.

Desta vez o ato antirracista antes da largada foi mais rápido do que nas etapas anteriores, e isso irritou Lewis Hamilton. O inglês criticou a forma desorganizada e apressada com a qual o protesto foi feito em Hungaroring, e disparou contra o francês Romain Grosjean, chefe da Associação de Pilotos (GPDA). Apesar do ato “apressado” nas palavras de Hamilton, houve tempo para ele se ajoelhar.

Max Verstappen cometeu um erro primário ao escapar e bater na proteção de pneus na volta de alinhamento para o grid. A suspensão dianteira esquerda e asa dianteira foram danificadas, e a RBR trabalhou duro no grid para colocar o holandês em condições de disputar a corrida. Na prova, Max largou bem, andou boa parte do tempo em segundo e manteve a posição até a chegada mesmo diante de um forte ataque de Valtteri Bottas, com pneus novos.

Protesto

A Renault entrou com um protesto contra a Racing Point após o GP da Hungria, a exemplo do que já tinha acontecido depois da etapa anterior da F1, o GP da Estíria. O intuito é determinar se pode ser considerado que o carro de Lance Stroll, quarto em Budapeste, e Sergio Perez, sétimo, foi mesmo projetado pela equipe, ou se é de propriedade intelectual da Mercedes.

O protesto na primeira corrida foi baseado nos dutos de freio do carro da Racing Point. Trata-se de uma peça que podia ser comprada de outra equipe até o ano passado, mas que a partir de 2020 tem de ser desenvolvida por cada time. Foi levantada a hipótese de que a Racing Point, que tem extensa parceria técnica com a Mercedes, comprava os dutos do time alemão, mas o chefe Otmar Szafnauer negou isso em entrevista concedida no sábado, e disse que o projeto dos dutos, que são bastante semelhantes aos da Mercedes e são uma peça difícil de ser copiada por observação, já que as partes mais importantes não são visíveis, foi totalmente feito pela equipe.

Em meio à polêmica sobre a cópia, os rivais passaram a chamar a Racing Poing de Mercedes cor-de-rosa. O diretor-técnico da equipe já admitiu, no entanto, que copiou tudo o que podia. Ele ainda falou que não entendeu por que os rivais não fazem o mesmo.

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