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Líbano pode suspender proibição de viagem para o ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn se não receber processo em 40 dias

Outras duas pessoas que teriam ajudado na fuga do ex-executivo também estão na lista no governo japonês. (Foto: Reprodução)

O Líbano pode suspender a proibição de viagens ao ex-presidente da Nissan Carlos Ghosn caso os autos relativos ao seu caso não sejam enviados pelo Japão em 40 dias, informou em comunicado, nesta sexta-feira (10), o ministro interino da Justiça, Albert Serhan.

Ghosn fugiu do Japão para o Líbano, seu lar de infância, no mês passado, enquanto aguardava julgamento por acusações de subnotificação de ganhos, quebra de confiança e apropriação indébita de fundos da empresa, todas as quais ele nega.

Sua dramática fuga tem elevado as tensões entre Japão e Líbano, onde Ghosn criticou o sistema judiciário japonês em uma entrevista coletiva de duas horas na quarta-feira (08), levando o ministro do Japão a emitir uma rara e forte resposta pública.

O Líbano não possui um acordo de extradição com o Japão. Em comunicado, Serhan disse que havia se encontrado com o embaixador Japonês no Líbano e reafirmado a importância do relacionamento entre os dois países.

Ele também disse que a esposa de Ghosn, Carole, será interrogada pelos promotores libaneses quando as autoridades receberem uma notificação da Interpol por ela. “Carole estará sujeita aos mesmos procedimentos que foram feitos [com Ghosn]  quando o alerta vermelho for recebido da Interpol”, disse o ministro no comunicado.

Na terça-feira (07), promotores de Tóquio emitiram um mandado de prisão por Carole em razão de um suposto falso testemunho relacionado à acusação de apropriação indébita contra o seu marido.

Uma porta-voz de Carole disse que ela tinha, voluntariamente, voltado ao Japão há nove meses para responder aos questionamentos de promotores e estava livre para ir sem quaisquer acusações, acrescentando que o mandado era “patético”.

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