O ministro libanês da Cultura, Mohammad Mourtada, anunciou, nessa quarta-feira (9), que pediu a proibição do filme “Barbie”. Segundo ele, a produção promove a homossexualidade, em um contexto de aumento da intolerância no país, que é um dos mais liberais do Oriente Médio.
Em um comunicado, o político afirmou que o longa-metragem americano dirigido por Greta Gerwig, cuja estreia no país está prevista para 31 de agosto, “ofende os valores morais e religiosos do Líbano”.
O filme “promove a homossexualidade e a mudança de sexo, apoia a rejeição à tutela do pai, ridiculariza o papel da mãe e põe em dúvida a necessidade do casamento e da formação de uma família”, acrescentou o ministro.
A comédia protagonizada pelos astros de Hollywood Margot Robbie e Ryan Gosling, que já ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão em bilheterias ao redor do mundo, propõe uma reflexão sobre os papéis de gênero com uma história focada na boneca da Mattel.
Essas declarações ocorrem no contexto de uma campanha contra a comunidade LGBTQIA+ no Líbano, liderada pelo influente movimento xiita Hezbollah.
Embora o país seja conhecido por ser um dois mais tolerantes do Oriente Médio, suas autoridades já proibiram em 2022 a exibição da animação “Lightyear”, por causa da inclusão de um casal formado por duas mulheres.
Conquista inédita
Barbie já tem uma nova conquista: com três semanas de exibição, o filme atingiu a marca de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 4,8 bilhões) globalmente, uma conquista inédita para uma diretora mulher solo.
Segundo o The Hollywood Reporter, o filme de Greta Gerwig já faturou, no último final de semana – até domingo (6) –, na América do Norte, US$ 53 milhões. Somado o valor arrecadado desde seu lançamento, a bilheteria doméstica do longa bateu os US$ 459,4 milhões (cerca de R$ 2,2 bilhões).
Caixões
Em outra frente, uma funerária em El Salvador elevou a febre da Barbie a um novo nível, oferecendo caixões cor-de-rosa com o forro estampado com o rosto da boneca, que teve seu filme lançado em junho. Os caixões temáticos estão à venda na Funerária Alpha e Omega, na cidade de Ahuachapán, perto da fronteira com a Guatemala.
O proprietário Isaac Villegas disse que já havia oferecido a opção de caixões cor-de-rosa antes da estreia do filme da Barbie. Mas a febre que tomou conta da América Latina o convenceu a decorar os forros de tecido dos caixões com imagens da boneca. Os caixões ainda são decorados com estrelinhas brancas. “Eu disse: ‘Temos que seguir essa tendência’”, afirmou Villegas sobre os caixões, observando que “foi um sucesso”. As informações são da agência de notícias AFP, do portal de notícias G1 e do jornal O Estado de S. Paulo.