Ex-secretário de Assuntos Fundiários no governo Jair Bolsonaro e um dos mais antigos líderes ruralistas do país, Nabhan Garcia saiu em defesa de Fábio Wajngarten, demitido pelo PL a pedido de Michelle Bolsonaro.
“Nesses quase dez anos de convivo com Fábio Wanjgarten, ele não foi só um aliado e defensor incondicional do presidente Bolsonaro, mas também de toda a família dele”, afirmou ao Painel.
Wajngarten, ex-secretário de Comunicação na gestão Bolsonaro, envolveu-se em uma polêmica em razão do vazamento de uma mensagem trocada por ele em 2023 com o tenente-coronel Mauro Cid, em que dizia preferir Lula a Michelle como candidato a presidente.
Nabhan afirmou estar convencido de que a troca de mensagens foi uma brincadeira informal. Acrescentou que “sinceramente” não entendeu a demissão de Wajngarten pelo partido, onde exercia funções nas áreas de comunicação e jurídica. Ele era um dos assessores mais próximos a Bolsonaro.
“O ex-presidente Bolsonaro sempre teve duas coisas que ele me dizia que levava muito a sério: amizade e gratidão. Tenho certeza de que o próprio [ex-] presidente irá contornar essa constrangedora situação”, afirmou.
O líder ruralista afirmou também que Wajngarten foi um dos que se mantiveram fiéis a Bolsonaro após sua saída da Presidência, e que isso precisa ser reconhecido.
“Vi o quanto ele se dedicou, antes, durante e depois da Presidência. Muitos desapareceram, mas o Fábio Wajngarten continuou lá”, afirmou.
Malafaia defende Wajngarten após demissão
O pastor Silas Malafaia defendeu nesta quarta-feira 21 o ex-assessor de imprensa de Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, que foi demitido pelo PL na terça-feira. A saída do advogado teria sido encomendada pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Não gosto de ver covardia e gente que não tem memória de coisas boas. Estão sempre prontas para apontar falhas, nunca acertos“, disse o líder religioso. A saída de Wajngarten aconteceu após a revelação de conversas entre o ex-assessor e o tenente-coronel Mauro Cid com críticas a Michelle.
No diálogo que irritou Michelle, o advogado e Cid afirmaram preferir votar em Lula do que na ex-primeira-dama em 2026. As conversas, que integram um acervo de 77 gigabytes de arquivos extraídos pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel, aconteceram em janeiro de 2023. As informações são dos portais Folha de São Paulo e Carta Capital.