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“Limite dos juros do cheque especial foi baseado em questões técnicas”, diz o presidente do Banco Central

(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Após a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) criticar a fixação de um juro máximo para o cheque especial em 8%, o presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, afirmou que o objetivo não era tabelar preços, mas aperfeiçoar o mercado. Segundo Campos Neto, a medida já estava em discussão com os bancos e foi altamente embasada em questões técnicas.

“Não há ingerência. Primeiro, [o cheque especial] é um produto altamente inelástico. Segundo, ele possui uma formação de preço muito desconectada ao custo marginal. E terceiro, há a questão de que quem paga mais é quem tem renda menor. Isso precisava melhorar” explicou Campos Neto.

Na semana passada, a Febraban havia criticado a medida do BC, afirmando que apesar de considerar as iniciativas positivas, se preocupa com a “adoção de limites oficiais e tabelamentos de preços de qualquer espécie”.

“Medidas para eliminar custos e burocracia e estimular a concorrência são sempre mais adequadas aos interesses do mercado e dos consumidores”, disse, em nota. Campos Neto destacou, ainda, a importância em reduzir o custo da intermediação financeira e afirmou que o movimento de queda de juros já tem chegado ao consumidor.

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