Preso há seis meses na 17 fase da Operação Lava-Jato, o ex-ministro José Dirceu tem se dedicado a atividades que podem ajudá-lo a diminuir o tempo que poderá passar atrás das grades caso seja condenado. Entre novembro e dezembro de 2015, o petista fez dois cursos do Senai, de elétrica e de eletrônica, ministrados no CMP (Complexo Médico Penal), presídio na Região Metropolitana de Curitiba (PR). Essas horas serão abatidas de sua eventual pena, caso seja condenado.
O ex-ministro já foi condenado por participação no esquema do mensalão, mas o caso da Lava-Jato ainda aguarda sentença. Dirceu pretende fazer, agora, curso de espanhol do Instituto Nacional Brasileiro, por correspondência. O petista recebeu uma nova leva de livros. Entre eles estão “Austeridade – História de uma ideia perigosa”, do economista e professor da Brown University (EUA) Mark Blyth, “A outra história da Lava-Jato”, do jornalista Paulo Moreira Leite, sobre a operação que o levou novamente à cadeia, e um livro sobre Simón Bolívar, herói da independência sul-americana.
Para cada obra lida há o desconto de quatro dias de pena. No entanto, a lei permite que só seja descontado um livro por mês, independentemente do número de volumes lidos pelo detento. No caso de Dirceu, ele pode descontar até o momento no máximo 24 dias de sua pena, segundo fontes ligadas à Secretaria de Segurança Pública do Paraná.
Livros e cursos ocupam o tempo de José Dirceu em penitenciária no Paraná

Ex-ministro pediu ao Supremo extinção da pena com base no indulto natalino (Foto: Lucio Tavora/AG)