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Lobista preso em Brasília usava suposta proximidade com Lula para vender serviços

Relação de Machado com Lula remonta à década de 1970, no ABC Paulista (Foto: Reprodução)

Uma carta apreendida pela Operação Zelotes da PF (Polícia Federal) sugere que o lobista Mauro Marcondes Machado, preso em Brasília, recorria à sua suposta proximidade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para vender serviços a potenciais clientes.

Em texto ao ex-presidente da Scania na América Latina, Sven Antonsson, Machado se colocou à disposição da montadora, devido à sua “ligação com o presidente da República, diversos ministros de Estado e instituições ligadas à indústria”. Embora não datada, a mensagem coincide com a vinda do executivo ao País, em 2008, época do segundo mandato de Lula.

O lobista está preso desde outubro e responde a ação penal por envolvimento em esquema de corrupção para viabilizar a edição (no governo) e aprovação (no Congresso Nacional) de MPs (medidas provisórias) de interesse do setor automotivo.

A Zelotes apura se pagamentos de 2,5 milhões de reais do lobista ao empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, têm relação com as MPs e com a aquisição de jatos da fabricante sueca Saab para a Defesa brasileira.

A relação de Machado com Lula remonta à década de 1970, quando trabalhava no setor de Recursos Humanos da Volkswagen e o petista era líder sindical no ABC Paulista. Em depoimento à PF, Lula disse jamais ter atendido a qualquer pedido do lobista ou manter ligação com ele ou seus projetos. (AE)

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