Na quarta-feira, o lobista Fernando de Moura tem um novo encontro marcado com o juiz federal Sérgio Moro em Curitiba (PR). Ele deve ser questionado sobre contradições entre o conteúdo de sua delação premiada, em 2015, e o depoimento que prestou aos procuradores na semana passada, quando admitiu ter mentido a Moro em interrogatório da ação penal que tem como réu o ex-ministro José Dirceu (Casa Civil), preso em Curitiba (PR).
Moura justificou precisar de uma “segunda chance”, depois de se sentir vítima de “ameaça velada” por parte de um desconhecido na cidade de Vinhedo (SP).
“Um dia antes de vir para a audiência, eu havia saído para providenciar a minha renovação da carteira de motorista e, ao deixar o despachante, uma pessoa me abordou perguntando pelos meus netos no Sul e mandando um abraço para o meu filho Léo”, relatou a quatro procuradores da Lava-Jato e a dois de seus advogados (que deixaram a defesa do lobista).
O incidente teria deixado Moura apreensivo e motivado a alterar a versão sobre os fatos envolvendo Dirceu. (AE)
