Estou na Inglaterra mais uma vez, visitando familiares e vivenciando essa aura de liberdade e justiça valores hoje já um tanto comprometidos, além da democracia e da segurança. Um país onde diferentes povos e etnias, na maioria das vezes, convivem em harmonia.
É uma sociedade organizada, formada por um povo educado, que respeita as regras e oferece um exemplo valioso a todos que a visitam. Aqui, tudo parece funcionar em prol do bem-estar coletivo.
No 7 de Setembro, data em que celebramos a Independência do Brasil, emocionei-me ao presenciar, em Londres, uma manifestação de brasileiros em defesa da liberdade, da democracia, da segurança e da justiça, todas seriamente ameaçadas em nosso país. Na Trafalgar Square, além dos brasileiros, também havia ingleses e israelenses protestando em defesa de Israel, do seu direito de existir como nação e de buscar a paz.
Em determinado momento, as manifestações se encontraram. Brasileiros e israelenses marcharam juntos pelas ruas de Londres, unidos em suas causas e expressando suas bandeiras de forma pacífica e simbólica.
Refleti, então, sobre como seria ideal se todos os povos pudessem viver assim: em respeito mútuo, sem conflitos, sem guerras, direcionando suas energias para a construção da paz.
Londres é um exemplo de convivência multicultural. Uma cidade cosmopolita, onde diversas etnias, culturas e religiões coexistem. Apesar do atual debate acirrado sobre imigração e liberdades, ainda é um povo que inspira.
Aproveito para visitar o interior do país e, recentemente, estive em Cambridge. Sua universidade, fundada em 1209, é acolhedora e repleta de prédios históricos. Uma cidade que respira cultura, sabedoria e atrai estudantes do mundo inteiro.
São experiências marcantes. Estar em sociedades desenvolvidas, onde tudo funciona, reforça o desejo por mais qualidade de vida e por um futuro melhor. É inspirador ver como a segurança institucional e jurídica pode existir sem muros, sem barreiras.
Claro que a história inglesa também é marcada por conflitos e superações. As guerras e lutas moldaram um país que, mesmo enfrentando desafios contemporâneos e influências antidemocráticas, continua sendo referência mundial.
Penso, então, no Brasil. Vivemos um momento delicado em nossas instituições, e a população, perplexa, já não sabe que futuro terá. Precisamos refletir e agir.