Três décadas dedicadas ao ensino jurídico, à formação de profissionais éticos e à construção de conhecimento público. Em 2025, o professor, advogado e pesquisador Luiz Paulo Rosek Germano completa 30 anos de docência e escolheu marcar esse momento com um encontro especial no restaurante Asiana (Rua Dinarte Ribeiro, 148 – Moinhos de Vento), em Porto Alegre. O local foi escolhido por um motivo afetivo: o espaço é comandado por um ex-aluno que hoje é sócio do empreendimento.
“Celebrar esse marco em um ambiente construído por um ex-aluno tem um significado profundo. É como fechar um ciclo e abrir outro. A docência é isso: plantar sementes e vê-las florescerem em lugares inesperados”, afirma Germano.
Natural de Porto Alegre, ele é reconhecido por sua postura exigente e acolhedora em sala de aula. Desde 1995, leciona disciplinas como Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Digital em instituições como a UFRGS e Ambra University (EUA). “Ensinar é mais do que transmitir conteúdo. É inspirar, provocar reflexão e acreditar no potencial de cada aluno”, diz.
Ao longo da carreira, Germano formou milhares de estudantes e acompanhou de perto transformações sociais, jurídicas e educacionais. “O professor precisa estar emocionalmente disponível. O aluno percebe quando há entrega, quando há escuta. Isso transforma a sala de aula num espaço de confiança, e não apenas de conteúdo técnico.”
Graduado em Direito pela PUCRS em 1992, tornou-se mestre, doutor e pós-doutor em Direito, com formação complementar na Universidade de Coimbra. Essa vivência internacional ampliou sua visão sobre os desafios contemporâneos da democracia e da justiça. “A sociedade muda, o Direito evolui, e o professor precisa acompanhar esse movimento com humildade e dedicação.”
Germano acredita que o ensino jurídico não pode ser neutro. “O conhecimento precisa dialogar com os dilemas éticos, com os conflitos sociais. O Direito não é apenas norma – é instrumento de justiça. E isso precisa estar presente em cada aula.”
Entre os episódios marcantes de sua trajetória, ele relembra o caso de um estudante que pensava em desistir do curso, mas foi convencido a permanecer após duas aulas. “Hoje, esse ex-aluno exerce uma função pública de destaque. É uma das maiores recompensas que um professor pode receber: ver o impacto que o ensino tem na vida das pessoas.”
A celebração dos 30 anos será marcada por um encontro com colegas, alunos e amigos que acompanharam sua caminhada. Mais do que uma homenagem, o momento representa a continuidade de um projeto de vida pautado pela ética, pelo conhecimento e pela transformação social.
“A docência é um exercício permanente de escuta, atualização e responsabilidade. Cada turma é um novo desafio. Cada aluno é uma nova história. E o professor precisa estar inteiro para que esse encontro seja verdadeiro”, conclui. (Por Gisele Flores)
