Ícone do site Jornal O Sul

Luiza Brunet é briguenta e tem acessos de fúria, dizem os advogados do seu ex-marido

Atriz afirma ter sido espancada pelo bilionário em maio deste ano. (Foto: Reprodução)

Em sua defesa sobre a acusação de agressão física e emocional relatada pela atriz Luiza Brunet, 54 anos, o empresário Lirio Parisotto, 62, desqualifica a investigação do MP (Ministério Público) e as alegações de sua ex-companheira.

A reportagem teve acesso às argumentações do empresário no processo, que corre em segredo de Justiça e tem julgamento marcado para o mês que vem.

A ex-modelo é caracterizada pelos advogados de Parisotto como “briguenta, descontrolada e com acessos de fúria” desde o começo do namoro com o empresário, que teria levado dela “tapas no rosto e mordida no braço” em uma ocasião. O sentimento amoroso é a alegação para que o relacionamento tenha perdurado.

Réu no processo desde julho, o bilionário busca também, em sua defesa, demonstrar que não há elementos para a aplicação da Lei Maria da Penha no ocorrido, uma vez que não havia elementos de vulnerabilidade da atriz por questões de gênero nem dependência financeira.

Uma citação jurídica levantada na peça afirma que, “para a incidência da Lei Maria da Penha, faz-se necessária a demonstração da convivência íntima, bem como de uma situação de vulnerabilidade da mulher, que justifique a incidência da norma de caráter protetivo”.

Se aplicada essa lei e em caso de condenação, a pena pode variar entre seis meses e três anos de prisão.

Agressão.

Durante uma viagem a Nova York (EUA), em maio deste ano, Luiza afirmou que Parisotto deu um soco em seu rosto, na altura do olho direito, além de chutes. Segundo o relato da atriz, para escapar, ela ameaçou gritar por ajuda. Os dois estavam sozinhos em um quarto de hotel.

Na denúncia à Promotoria, pelo menos outras três situações de suposta violência do empresário contra a atriz foram levantadas. Em outra vertente, a defesa busca desmontar a alegação de que ela foi ferida com gravidade e chegou a ficar acamada pela agressão.

Para isso, foram apontadas inconsistências em laudos e citadas fotos que ela postou em redes sociais.

Partes de alegadas conversas eletrônicas entre os dois também estão na peça de defesa do empresário, nas quais a modelo aparece se dizendo de “pavio curto” e “ciumenta” e falando em “tratamento médico” e “amar demais”.

Defesa desqualifica a investigação.

Em síntese, os advogados de Parisotto, sob o comando de Celso Vilardi, tentam desqualificar a investigação do MP. Eles a tratam como “mera formalidade” para propiciar “cinco minutos de fama a seu condutor” – no caso, o promotor Carlos Bruno Gaya da Costa, do Gevid (Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica).

A defesa avaliou o procedimento como apressado, sem a devida fundamentação e que “a verdade ficou em segundo plano” para o MP, que teria deixado de ouvir “dezenas de testemunhas apresentadas”.

Em nota, a Promotoria informou que “a atuação do MP no caso em tela ocorreu rigorosamente como determina a lei” e que a denúncia foi feita após “uma investigação rigorosa”.

Conforme o texto enviado à reportagem, “ataques pessoais ao promotor e a tentativa de desqualificar a vítima são corriqueiros em casos assim e demonstram a fragilidade da defesa e ausência de argumentos que justifiquem as agressões cometidas”. (Folhapress)

Sair da versão mobile