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Lula afirma que base aliada não obteve “vantagens indevidas” na Petrobras

Lula criticou o que chamou de "criminalização do PT" (Foto: Vanessa Carvalho/AE)

Em depoimento à PF (Polícia Federal), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse na última quarta-feira (16) que não teve conhecimento de atos de corrupção na Petrobras ao longo dos oito anos em que governou o Brasil, entre 2003 e 2010. O petista também afirmou aos policiais não acreditar que os principais partidos de sua base aliada tenham, por meio de seus líderes, obtido vantagens indevidas em contratos das diretorias da petroleira.

Lula prestou depoimento em Brasília na condição de informante, no principal inquérito da Lava-Jato, que investiga o envolvimento de políticos no esquema de corrupção que atuava na estatal. O petista não é investigado pela operação.

“Indagado se tinha conhecimento dos eventos de corrupção ocorridos na Petrobras e desvelados pela Operação Lava-Jato, o declarante afirma que não tinha conhecimento dos mesmos. […] Que não crê que os principais partidos da base aliada do governo tenham, através de suas principais lideranças, obtido vantagens indevidas a partir dos contratos das diversas diretorias da Petrobras”, diz trecho do depoimento de nove páginas do petista.

No depoimento, Lula criticou o que chamou de “criminalização do PT” e  disse que, no anos em que comandou o Palácio do Planalto, não se envolveu nas negociações que resultaram nas indicações de Renato Duque, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa para a diretoria da Petrobras. Os três estão presos e são réus em processos da Lava-Jato. (AG)

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