Ícone do site Jornal O Sul

Lula critica baixo investimento em preservação dos oceanos e pede empenho internacional

Para o petista, não há 'saída isolada' para os desafios da conservação marinha. (Foto: Reprodução/Canal Gov)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou neste domingo (8) empenho internacional no financiamento e no compromisso com ações de preservação dos oceanos. Em um discurso no Fórum de Economia e Finanças Azuis, na França, Lula afirmou que o oceano não “recebe o devido reconhecimento do que nos proporciona”.

Segundo ele, anualmente, o ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) vinculado à conservação e ao uso sustentável de recursos marinhos é uma das metas com menor financiamento dentro da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas.

Lula classificou o déficit de recursos, que pode chegar a cerca de US$ 150 milhões por ano, como um “problema crônica de várias iniciativas”. Em uma comparação com o aumento do volume de dinheiro gasto com ações militares, o petista afirmou os números mostram “que não falta dinheiro, o que falta é disposição e compromisso político para financiar”.

Para o petista, não há “saída isolada” para a conservação dos recursos marinhos e é preciso aumentar os “compromissos financeiros com o oceano”.

“No Brasil, quando queremos mobilizar esforços em torno de um objetivo comum, utilizamos uma palavra de origem indígena chamada ‘mutirão’. Esse fórum renova a convocatória para o aumento dos compromissos financeiros com o oceano. O planeta não aguenta mais promessas não cumpridas. Não há saída isolada para os desafios que requerem ação coletiva. Ou nós agimos, ou o planeta corre risco”, declarou Lula.

Desenvolvimento sustentável

O presidente Lula avaliou, em sua fala, que os esforços em torno da preservação dos oceanos e do uso sustentável de recursos marinhos são necessários para a “prosperidade do mundo em desenvolvimento”.

Lula defendeu que as “instituições financeiras internacionais têm um papel central a cumprir” nas metas de conservação marinha. Para ele, é preciso fortalecer bancos multilaterais e estimular o acesso a recursos para o financiamento de ações de sustentabilidade.

“Instrumentos como a troca de dívida por desenvolvimento e a emissão de direitos especiais de saque podem mobilizar recursos valiosos. É urgente desburocratizar o acesso a fundos climáticos”, afirmou.

Sair da versão mobile