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Lula defende soberania de países em desenvolvimento com minerais críticos

No G20, presidente brasileiro disse que as nações que possuem grande concentração de reservas dos minerais não podem ser "meros fornecedores". (Foto: Ricardo Stuckert /Presidência da República)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (23) que os países em desenvolvimento que concentram grandes reservas de minerais críticos não devem se submeter a um papel de exportador apenas.

Segundo o presidente brasileiro, o que está em jogo não é apenas quem detém esses recursos, mas quem controla o conhecimento e o valor agregado que deles derivam.

“Falar sobre minerais críticos também é falar sobre soberania. A soberania não é medida pela quantidade de depósitos naturais, mas pela habilidade de transformar recursos através de políticas que tragam benefícios para a população. Precisamos de investimentos ambientalmente e socialmente responsáveis, que contribuam para fortalecer a base industrial e tecnológica dos países detentores de recursos”, declarou, durante a terceira sessão de trabalho do G20.

Lula está em Joanesburgo, África do Sul, e seguirá no continente africano neste fim de semana. Ele vai ainda neste domingo para Moçambique, por volta das 13h30 (horário de Brasília).

A busca por minerais críticos está mobilizando uma corrida entre as principais economias do mundo, como Estados Unidos e China, em razão da necessidade dos itens para o desenvolvimento tecnológico.

Inteligência artificial

O petista também abordou as novas oportunidades por meio dos avanços tecnológicos disponíveis graças à inteligência artificial. Segundo ele, a IA (Inteligência Artificial) é um “caminho sem volta”.

Durante a fala, Lula enfatizou que 40% dos trabalhadores do mundo estão em funções expostas à IA, sob risco de automação ou complementação, e defendeu que cada painel solar, chip e linha de código carregue “a marca da inclusão social”.

“A tecnologia deve fortalecer, e não fragilizar direitos humanos e trabalhistas. O trabalho decente deve ser o objetivo das nossas ações. O progresso só se concretizará se for compartilhado, sustentável, justo e inclusivo”, destacou.

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