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Lula defendeu a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e reafirmou que é candidato a presidente da República

Lula e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. (Foto: Lula Marques/AGPT)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu em defesa da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e reafirmou que é candidato a presidente da República.

Numa carta pessoal enviada a ela, o petista desautoriza qualquer especulação de que poderia abrir mão da disputa para apoiar algum outro candidato, ou mesmo um nome do PT, o famoso” plano B”.

“Se eu aceitar a ideia de não ser candidato, estarei assumindo que cometi um crime. Não cometi nenhum crime. Por isso sou candidato até que a verdade apareça e que a mídia, juízes e procuradores mostrem o crime que cometi ou parem de mentir.”

Os rumores de que o PT poderia descartar a candidatura de Lula, até mesmo com a concordância dele, cresceram na semana passada, depois que o ex-governador da Bahia Jaques Wagner afirmou que o partido poderia indicar um vice na chapa de Ciro Gomes.

Gleisi reagiu afirmando que Ciro não passa no partido “nem com reza brava”. Já o pedetista disse ter “pena” dela.

“Querida Gleisi, estou acompanhando na imprensa o debate da minha candidatura, ou Plano B ou apoiar outro candidato”, inicia Lula. “Sei o quanto você está sendo atacada. Por isso resolvi dar uma declaração sobre o assunto.”

Lula diz que “quem quer que eu não seja candidato eu sei, inclusive, as razões políticas, pois são concorrentes. Outros acham que fui condenado em 2ª instância, então sou culpado e estou no limbo da Lei da Ficha Suja”.

O petista diz ainda que seus acusadores “sabem que sou inocente”, citando “procuradores, juiz, TRF-4 [Tribunal Regional Federal da 4ª Região]”.

“Os meus advogados sabem que eu sou inocente. A maioria do povo sabe que eu sou inocente”, escreve o ex-presidente, reafirmando a candidatura.

“O povo merece respeito. O povo tem que ter seus direitos e uma vida digna. Por isso queremos uma sociedade sem privilégios para ninguém, mas com direitos para todos”, finaliza Lula.

Carta aos prefeitos

Em texto encaminhado à 73ª Reunião Geral da FNP (Frente Nacional de Prefeitos), o líder petista – líder nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República – defendeu o seu governo, criticou o Poder Judiciário e destacou temas como Saúde, Educação, Segurança e o combate à corrupção (um dos crimes que o levaram à condenação a 12 anos e um mês de cadeia, no âmbito da Operação Lava-Jato).

“Nenhum outro governo adotou mais mecanismos pela transparência e combate à corrupção do que os governos do PT [2003-2016]. Reforçamos a Polícia Federal, afastamos mais de 5 mil servidores com conduta indevida e demos autonomia ao Ministério Público. Também proporcionamos efetividade à Controladoria-Geral da República para investigar e atuar”, ressaltou a mensagem.

“Hoje é necessário que o combate à corrupção não seja desviado para perseguição política nem subordinado a lógica de parte da imprensa. As investigações não podem ser irresponsáveis, nem trocar o devido processo legal por shows de mídia para tentar destruir a reputação das pessoas e impedir adversários políticos de disputar eleições”, prosseguiu.

Outro trecho da carta fala que “a Justiça precisa de provas antes de emitir sentenças e não pode querer que magistrados, que tem importante função pública, substituam os representantes eleitos, sob risco de criar uma insegurança jurídica que assusta os administradores públicos e que afasta as boas pessoas da política e os investimentos do Brasil”.

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