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Lula e Temer

Temer (D) e Lula (Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou emissários para pedir uma reunião com o vice-presidente Michel Temer, prestes a assumir o governo, pelos sinais do Senado. Não há confirmação de que o peemedebista vá atendê-lo – tampouco indícios de que Lula tenta salvar Dilma Rousseff. Procura-se um canal para a entrada discreta do vice e a saída honrosa da petista do Palácio do Planalto.

A la Kirchner

Os mais próximos de Dilma garantem que não haverá transmissão do cargo, caso ela caia para valer. Será uma saída a la Cristina Kirchner, da Argentina.

Presságio

Antes da campanha de 2010, a repórter Fernanda Odila, da Folha de S.Paulo, já alertava que Dilma havia falido uma loja de artigos de R$ 1,99 em Porto Alegre.

Picadeiro

Começou a ciumeira. Na iminência da troca de governo, congressistas da base de Dilma espalham que a plaquinha na frente será “Palhaço do Planalto”.

Lulus com o vice

Animada com a iminente ascensão de Temer, a bancada feminina do PMDB prepara uma pauta propositiva para os direitos da mulher. O clube das Lulus está animado. A reunião começou no Cafezinho da Câmara, às 20h da esvaziada segunda-feira, um dia depois da aprovação do processo de impeachment de Dilma.

Tentativas

Centenas de ações são protocoladas em tribunais regionais, diariamente, com pedidos de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Todas acabam indeferidas sob a canetada de juízes, com o argumento de que a medida só pode ser tomada pelo Conselho de Ética.

Interna corporis

Na mais recente decisão do Tribunal Regional Federal de São Paulo, o juiz Eduardo Costa apontou: “Não é dado ao Judiciário destituir parlamentar da função de presidente da Câmara dos Deputados por desempenho afrontoso à moral pública: trata-se de questão interna corporis”.

Distantes e distintos

Lula tem atuado como juiz de paz na roça para evitar que Dilma e o PT se distanciem ainda mais. Quase em vão, pois ela nunca foi de ouvir correntes do partido. A turma já traça o plano de oposição do governo Temer.

Crise & coração

Quem acompanha a crise política com olhar clínico é o médico particular de Dilma, Roberto Kalil Filho. A petista deverá antecipar o check-up de rotina, feito anualmente em dezembro. É que – todos sabem – o coração disparou.

Tão autêntico

“Esse governo paralisou o Brasil. Nós precisamos voltar com a economia em um processo de crescimento.” Não, a fala não foi de alguém da oposição, mas do ex-governador paulista Orestes Quércia (PMDB), em setembro de 1992, contra o então presidente Fernando Collor.

Chamada urgente

Seguem em tom de urgência os telefonemas de Eduardo Cunha para integrantes de sua tropa de choque, a qualquer dia e hora. Um deputado da bancada evangélica, por exemplo, comemorava o aniversário de um parente, quando tocou o telefone.

Alô, pastor…

Há duas semanas, Cunha deixou sem pastor um culto que se iniciava em Brasília. Era Marco Feliciano (PSC-SP), que largou a Bíblia pelo chamado do peemedebista.

Circo sem lona

Se o telespectador se apavorou com a classe dos artistas do circo no plenário da Câmara, é porque ainda não viu o teatro que o Senado prepara com os seus intelectuais.

Ponto Final

Jogos do Rio 2016, em dois tempos: Fogo Olímpico na Grécia e mar revolto em São Conrado.

Com Walmor Parente e Equipe DF, SP e Nordeste

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