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Lula tomou o seu primeiro banho de sol. Ele ficou um hora fora da sala especial que ocupa no prédio da Polícia Federal em Curitiba

Ato político no Acampamento Democrático Lula Livre do lado de fora da sede da PF. (Foto: Ricardo Stuckert)

O ex-presidente Lula tomou, nesta sexta-feira (13), seu primeiro banho de sol na prisão da Lava-Jato. Durante uma hora, sozinho, no período da manhã, o ex-presidente ficou fora da ‘sala especial’ que ocupa no último andar do prédio-sede da PF (Polícia Federal) em Curitiba, no Estado do Paraná, desde o dia 7.

Após seis dias recolhido para cumprimento da pena de 12 anos e um mês de reclusão que o juiz Sérgio Moro impôs a ele por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do famoso triplex do Guarujá, o petista decidiu ficar um pouco ao ar livre.

Lula tem direito a duas horas de banho de sol todos os dias.

Ele está isolado da carceragem da Polícia Federal, onde estão outros prisioneiros da Operação Lava-Jato, como seu ex-braço direito Antônio Palocci (Casa Civil e Fazenda; governos Lula e Dilma) e o empreiteiro Léo Pinheiro.

Na quinta-feira (12), Lula recebeu a visita da família que levou a ele cobertor e outros pertences.

Do lado de fora, mantidos à distância da sede da PF, apoiadores do ex-presidente permanecem aglomerados no acampamento ‘Lula Livre’. Toda manhã eles entoam ‘bom dia, companheiro’.

Recurso

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entrou, nesta sexta-feira, 13, com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do ministro Edson Fachin que negou seguimento à reclamação contra a prisão do petista, protocolada há uma semana. O pedido é assinado por Sepúlveda Pertence, Cristiano Zanin e os demais advogados que compõem a defesa de Lula.

Em primeiro lugar, a defesa pede que Fachin reconsidere a decisão que negou seguimento a sua reclamação, proferida no último sábado (7). Em consequência, os advogados pedem que seja expedido o alvará de soltura de Lula, e um salvo conduto para que o petista possa aguardar em liberdade até que sua prisão seja “fundamentada”. Para a defesa, a execução de pena do petista foi precipitada, sem esgotar a jurisdição do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região).

Se Fachin não reconsiderar, os advogados pedem que o recurso seja analisado na Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal. Por último, se não forem atendidos os primeiros requerimentos, a defesa quer a concessão de um habeas corpus “de ofício” para Lula.

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