O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PL) embarca, neste domingo (20), rumo a Santiago, no Chile, onde participará, na segunda-feira (21), de reunião de alto nível sobre defesa da democracia, organizada pelo presidente chileno, Gabriel Boric. Também estão confirmadas as presenças dos líderes de Colômbia, Espanha e Uruguai.
A reunião acontece em meio a decisão dos Estados Unidos em taxar em 50% as exportações de produtos do Brasil e revogar o visto de oito ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do procurador-Geral da República, Paulo Gonet.
Em discursos e entrevistas sobre o tema nesta semana, Lula defendeu assiduamente a soberania nacional brasileira. O evento em território chileno consistirá em uma reunião reservada entre os presidentes, seguida de almoço e de encontro com representantes da sociedade civil, do meio acadêmico e de centros de reflexão.
As discussões estarão organizadas em torno de três eixos centrais: defesa da democracia e do multilateralismo; combate às desigualdades; e tecnologias digitais; e o enfrentamento à desinformação.
“Trata-se de oportunidade para dar seguimento à primeira reunião de alto nível ‘Em defesa da Democracia: lutando contra o extremismo’, realizada em 24 de setembro de 2024, à margem da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas, e convocada pelos Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Pedro Sánchez”, informou o Itamaraty em nota.
Como próximo marco, está prevista a realização da segunda edição da reunião da iniciativa, no contexto da 80ª Semana de Alto Nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.
Em fevereiro, Lula, Sánchez, Petro, Boric e Orsi fizeram uma reunião virtual para abordar, segundo o primeiro-ministro espanhol, os “perigos” da “desinformação e campanhas de interferência estrangeiras” sobre as democracias.
Na ocasião, Sánchez afirmou que os cinco países iriam trabalhar conjuntamente para garantir que as redes sociais estivessem “livres de bots e de ódio”. Segundo a presidência chilena, o encontro também abordou ações conjuntas para fortalecer a democracia, o multilateralismo e a governança global diante da polarização política, do aprofundamento da desigualdade e da proliferação da desinformação.