Um babuíno sobreviveu por dois anos e meio após ter um coração de porco transplantado em seu abdômen. Em pesquisas anteriores, primatas sobreviviam no máximo 500 dias. O recorde foi divulgado na revista Nature Communications e abre espaço para transplantes entre suínos e humanos no futuro.
O método utilizou uma combinação de modificação genética e drogas imunossupressoras em cinco babuínos. Os corações dos porcos não substituíam os dos primatas – que continuaram com a função de bombear o sangue, mas estavam ligados ao sistema circulatório por meio de dois grandes vasos sanguíneos no abdômen.
Muitas vezes, o sistema imunológico do receptor rejeita o coração do doador por reconhecê-lo como estranho e, portanto, uma ameaça. Na pesquisa com babuínos, os corações dos porcos foram geneticamente modificados para ter alta tolerância à resposta imune. Os cientistas americanos e alemães também adicionaram uma assinatura genética humana para ajudar a prevenir a coagulação do sangue.
