Aos 46 anos e mãe de três filhos, Angélica revela um sonho antigo: adotar uma criança. A apresentadora que está prestes a voltar ao ar, no próximo sábado (10), com o programa “Simples assim”, também explica como ela e o marido, Luciano Huck, impõe limites aos presentes que dão aos filhos e que conversam com os três sobre a realidade desigual do país.
Mãe de Joaquim, de 15 anos, Benício, de 12 anos, e Eva, de 8 anos, Angélica diz que fechou a fábrica há sete anos, mas que o amor pela maternidade permanece latente: “Sobre a adoção, sempre quis isso. No descarto, não. Eu tenho três filhos, mas, se bater à minha porta essa vontade um pouco mais intensa ou se a ocasião acontecer, eu sou muito aberta à ideia. Na verdade, tenho a sensação de que isso pode acontecer”.
Segundo a apresentadora, ela e Huck tentam manter os filhos com os pés no chão e, também, estimulam os filhos a conviverem com crianças de diferentes classes sociais.
“Eu e o Luciano sempre mostramos para eles o valor das coisas. Apesar de eles terem coisas que eu não podia ter na idade deles, uma vida muito confortável, a gente sempre explicou a realidade do país em que vivem. Que é uma coisa muito oposta da realidade deles. Isso nunca foi um tabu para a gente. Falo que a cabeça pode estar nas estrelas, mas o pés têm que estar no chão”, conta Angélica.
A loura exemplifica como educa os filhos relembrando de uma viagem que fez ao exterior com toda a família: “Lembro que, quando meus filhos eram menores, a gente foi numa loja de brinquedos e minha vontade era comprar dez brinquedos para cada um. Só que não dávamos. Era um por vez. E eles entendiam. A gente nunca foi mesquinho e leviano de dizer que eles não podiam ter, porque seria mentira. Mas sempre colocamos limites”.
Questionada se os filhos e o marido deram pitaco na criação do novo programa, que pretende discutir de forma leve e reflexiva alguns dilemas dos novos tempos, a apresentadora garante que não teve nenhuma dica da família.
“Olha, na verdade foi uma coisa muito minha mesmo. Porque aqui em casa a pessoa que traz essa coisa mais “namastê”, comportamental e de olhar para dentro sou eu. Acredito que o programa vai ser bom até para a minha família também. A gente vai estar junto como uma grande companhia no sábado. A gente vive num país muito desigual. Cada um vive uma realidade, mas o lado do coração, do amor e do comportamental são muito parecidos com o de todo mundo”, concluiu.