Escândalos, acusações e delações se sucedem há meses na política brasileira: o denunciante de hoje é o denunciado amanhã e assim caminhamos. Cada vez aumenta mais a lamentável sensação de que a política é um antro onde só sobrevivem os corruptos. Apesar de tudo, é preciso respirar fundo e não se deixar levar pelas aparências. Nem a política é um covil de marginais e nem nós, o povo, somos tão vítimas assim. Afinal, fomos às urnas para colocá-los onde estão. Nem mesmo quem votou nulo ou branco está livre de responsabilidade.
É certo que alguns eleitores podem alegar que foram enganados por seus candidatos. Aqueles políticos que disseram uma coisa e fizeram outra. Ok, estes podem ser anistiados, mas são uma minoria. A maioria votou em candidatos que fazem nos atuais mandatos exatamente o que fizeram nos anteriores. Bastaria aos eleitores o trabalho de ter checado o desempenho de cada um dos postulantes e poderíamos ter evitado muitas das tramoias acontecidas no Congresso.
Só há uma fórmula para tentar evitar a corrupção na próxima legislatura: vasculhar a vida política dos candidatos, conhecer bem cada um deles e escolher os que realmente cumpram durante o mandato o que prometeram na campanha.
Assim como nós, eleitores, não somos vítimas, também nem todos os políticos são corruptos como nos querem fazer crer. Há muitos que sugerem bons projetos e realizam boas ações. Dá trabalho, mas é possível achá-los. Essa será a melhor colaboração que poderemos dar para diminuir o mar de lama. (Chico Alves/AD)
