Ícone do site Jornal O Sul

Manifestantes derrubam estátua de um traficante de escravos na Inglaterra

Manifestantes jogam estátua do traficante de escravos Edward Colston na água, no porto de Bristol, durante manifestação Black Lives Matter, em Bristol, na Inglaterra. (Foto: Ben Birchall/PA via AP)

Manifestantes que participaram de um ato antirracista neste domingo (7) em Bristol, no Sul da Inglaterra, derrubaram a estátua do traficante de escravos Edward Colston (1636-1721) e depois a jogaram em um rio que corta a cidade.

Protestos antirracismo vêm ocorrendo pelo mundo desde a morte de George Floyd, cidadão negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos, no dia 29 de maio.

Colston fez fortuna no final do século 17. Estima-se que ele tenha transportado 84 mil homens, mulheres e crianças negociados como escravos na África ocidental – 19 mil morreram na jornada para o Caribe e para as Américas.

A estátua em tributo ao escravocrata havia sido erguida em 1895. A imprensa local informou que a homenagem sofria críticas fazia muito tempo, tendo sido alvo de diversas petições, a última com mais de 10 mil assinaturas.

Para derrubá-la, os manifestantes usaram uma corda. Depois, alguns colocaram o joelho sobre a estátua, em referência à ação policial que terminou com o assassinato de George Floyd.

Espanha e Itália

Milhares de espanhóis e italianos foram às ruas, neste domingo (7), para denunciar o racismo e a repressão policial no mundo.

Manifestações antirracismo ocorrem pelo mundo desde a morte de George Floyd, cidadão negro sufocado por um policial branco em Minneapolis, nos Estados Unidos.

Em Madri, capital da Espanha, cerca de 3.000 manifestantes – conforme estimativa da polícia local – reuniram-se em frente à embaixada dos Estados Unidos e repetiram as últimas palavras de Floyd: “Não consigo respirar”.

Também entoaram mensagens como “Não há paz sem justiça”, ou “Vocês, racistas, vocês são terroristas!”.

O grupo se ajoelhou por um minuto, em silêncio. Na sequência, caminhou pacificamente rumo à emblemática Puerta del Sol, no coração da capital da espanhola.

Em Barcelona, no nordeste do país, centenas de manifestantes lotaram a Plaza de Sant Jaume, uma das principais da cidade. Usando máscaras e mantendo distância uns dos outros, espalharam cartazes em inglês para denunciar o racismo na Espanha e na Europa.

A organização Comunidade Negra, Africana e Afrodescendente na Espanha (CNAAE) convocou manifestações em dez cidades do país: de Pamplona, no norte, até o arquipélago das Canárias, na costa oeste da África.

Em Roma, uma manifestação espontânea surgiu na famosa Piazza del Popolo, com milhares de jovens ajoelhados em silêncio e de punhos erguidos, por quase nove minutos. Foi durante esse tempo que o policial manteve o joelho pressionado no pescoço de Floyd, até ele sufocar.

Quando os manifestantes se levantaram, também gritaram: “Não consigo respirar!”.

A indignação que levou milhares de americanos a irem às ruas após o assassinato de George Floyd, em 25 de maio, nos EUA, espalha-se, progressivamente, pelo mundo. As informações são do portal de notícias G1 e da agência de notícias AFP.

Sair da versão mobile