Preso desde junho do ano passado pela Operação Lava-Jato, o empreiteiro Marcelo Odebrecht quer a presidenta afastada Dilma Rousseff como testemunha de defesa em uma das ações da força-tarefa que investiga pagamentos ao marqueteiro João Santana, que atuou nas campanhas da petista em 2010 e 2014.
O empresário também pediu a convocação dos ex-ministros Edinho Silva (Comunicação Social), Antônio Palocci e Guido Mantega (ambos da Fazenda).
Esta é a primeira vez que Marcelo requer a líder petista em uma ação penal. O pedido foi encaminhado ao juiz federal Sérgio Moro no final da noite de segunda-feira na defesa prévia do empreiteiro.
Caberá a ele decidir se Dilma testemunhará à Lava-Jato. Em outras ocasiões, quando acusados arrolaram políticos como testemunhas, Moro levou em consideração a efetiva necessidade da medida.
Prisão
Marcelo foi condenado a 19 anos e quatro meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de chefiar uma espécie de “diretoria de propina” dentro da construtora.
De acordo com o Ministério Público Federal, esse departamento mantinha uma contabilidade paralela à da empreiteira, a fim de administrar o pagamento de propinas a políticos e agentes públicos. (AG)