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Maria Silvia disse que não aguentou a pressão na presidência do BNDES

A saída da executiva pegou o Planalto de surpresa. (Foto Lula Marques/Agência PT)

O presidente Michel Temer decidiu anunciar o substituto de Maria Silvia no comando do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social) duas horas depois de ela pedir demissão para conter a ideia de esvaziamento do seu governo no momento em que enfrenta uma crise política. A saída dela pegou o Planalto de surpresa e enfureceu não só o presidente como toda a sua equipe. Antes tida como um dos “grandes nomes” do governo, Silvia passou rapidamente para a lista de inimigos. Para colegas de governo, ela justificou que “está cansada e não aguentava mais tanta pressão interna e externa”.

Michel Temer perguntou ao presidente do Senado, Eunício Oliveira, se ele queria indicar o substituto de Maria Sílvia no BNDES. Como não tinha ninguém no bate-pronto, perdeu a chance. Levou a vaga Paulo Rabello, ex-IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele está longe de ser unanimidade. O nome foi sugerido pelo PSDB. Em 10 de maio, em evento em Brasília, o novo presidente do BNDES tentou presentear Michelzinho, filho de Temer com atlas do IBGE.

Mesmo com toda pressão que havia no empresariado para troca no comando do BNDES, o governo avalia que a saída de Maria Sílvia aumenta o pessimismo em relação ao País porque mostra instabilidade da equipe econômica.

Minutos depois de vir a público a troca no BNDES, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) cobrou, em nota, celeridade para executar os projetos de financiamento para a indústria e a infraestrutura. O Planalto registrou a agilidade e concordou.

 

 

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