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Marina Silva diz que País assiste a fim de ciclo e que impeachment não é golpe

De acordo com a ex-senadora, "diante de uma crise política como essa", a solução pode vir da renúncia de Dilma, de um processo de impeachment ou do pedido de impugnação dos mandatos da presidenta e do vice, Michel Temer, em análise pelo TSE (Foto: Danilo Verpa/Folhapress)

A ex-senadora Marina Silva disse neste domingo (06) que a crise que atinge o governo da presidenta Dilma Rousseff representa o encerramento de “um ciclo” na política do País, marcado por “projetos de 20 anos de poder” adotados, segundo ela, por PT e PSDB.

“Esse é o momento em que nós estamos encerrando um ciclo na história do nosso País”, afirmou Marina, durante o 2º Congresso da Rede Sustentabilidade, que aconteceu em Brasília. “A única coisa que tinha na mente era projeto de poder por pelo menos 20 anos. Não podia dar em outra coisa, deu no que deu”, completou a ex-senadora, referindo-se às denúncias de corrupção na Petrobras, investigadas pela Operação Lava-Jato.

Ex-petista e ex-ministra do governo Lula, Marina defendeu as investigações contra o ex-presidente, que, na sexta-feira (04), foi alvo de um mandado de condução coercitiva para depor à Polícia Federal. Marina, entretanto, apontou que não se pode condenar Lula “a priori” nem “desqualificar” os indícios de irregularidades apresentados pela Justiça e o Ministério Público contra ele. Para ela, é preciso aguardar o andamento das investigações.

Impeachment

“Temos o caminho do impeachment, que não é golpe, está previsto na Constituição e qualquer cidadão pode fazer o uso desse mecanismo”, disse Marina em relação ao processo de impeachment de Dilma. Entretanto, ela não esclareceu se seu partido dará apoio ao processo no Congresso. (AG)

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