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Marinha dos Estados Unidos realiza apreensão gigantesca de armas no Mar da Arábia

O carregamento ilícito estava em uma embarcação sem bandeira que navegava em águas internacionais. (Foto: Marinha dos EUA/Divulgação)

A Marinha dos Estados Unidos informou que apreendeu um grande carregamento ilícito de armas no Mar da Arábia. Dezenas de mísseis antitanque russos e milhares de rifles de assalto chineses estão entre os armamentos recolhidos.

A apreensão do arsenal foi feita pelo navio cruzador de mísseis guiados USS Monterey na quinta-feira (06), perto de Omã e do Paquistão. Segundo a Marinha americana, o carregamento ilícito estava em uma embarcação sem bandeira que navegava em águas internacionais no Norte do Mar da Arábia.

A tripulação foi interrogada, recebeu água e comida e foi liberada, conforme a Marinha. A quantidade de armas apreendida é tão grande que cobriu grande parte do USS Monterey, que tem 567 pés de comprimento (173 metros). “O carregamento de armas incluía dezenas de mísseis guiados antitanque russos avançados, milhares de rifles de assalto chineses tipo 56, centenas de metralhadoras PKM, rifles de precisão e lançadores de granadas propelidas por foguete”, afirmou a Marinha.

O armamento ficará sob custódia dos EUA enquanto a fonte original e o destino estão sob investigação. Investigação preliminar da Marinha aponta que o navio saiu do Irã e tinha como destino o Iêmen para apoiar os rebeldes Houthis, apesar do embargo da ONU (Organização das Nações Unidas).

Desde 2015, o Conselho de Segurança da ONU impôs um embargo de armas aos Houthis. Apesar disso, especialistas alertam que “um número crescente de evidências” sugere que o Irã “fornece volumes significativos de armas e componentes aos Houthis”.

A apreensão é uma das várias já feitas pelos EUA durante a guerra no Iêmen, que começou em setembro de 2014 e deu origem a uma das piores crises humanitárias do mundo. A guerra já matou cerca de 130 mil pessoas, incluindo mais de 13 mil civis. Forças pró-governo, apoiadas por uma coalizão regional liderada pela Arábia Saudita, enfrentam os rebeldes Houthis.

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