O médico Jonas Schmidt-Chanasit, do Centro de Colaboração e Pesquisa para Arbovírus e Febre Hemorrágica da OMS (Organização Mundial de Saúde), disse à rede BBC que evitar a gravidez pode ser uma estratégia para mitigar riscos de casos de microcefalia causada por zika vírus. O especialista destacou que adotar políticas públicas de controle de natalidade é um tema sensível, mas pode funcionar.
“Essa é uma questão complicada porque há muitos fatores. (…) É uma decisão muito difícil dizer: ‘Você não pode ficar grávida’. Eu não quero dizer isso às mulheres. Elas precisam saber por si só, mas isso foi recomendado”, disse Schmidt-Chanasit.
Em meio à epidemia de zika, já foram constatados mais de 1.248 casos de microcefalia. O Instituto Evandro Chagas estabeleceu conexão entre o vírus e más-formações ao encontrar zika em amostras de tecido e sangue de um bebê microcéfalo.
Alteração
O Ministério da Saúde mudou nessa sexta-feira os critérios que classificam uma criança com microcefalia. Até então, a pasta considerava que recém-nascidos com circunferência da cabeça igual ou menor a 33 centímetros tinham a malformação. O novo parâmetro passa a apontar microcefalia em crianças com crânio medindo 32 centímetros ou menos.
