A PF (Polícia Federal) prendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em sua casa, em Brasília, neste sábado (22). O médico Claudio Birolini disse que a equipe pretende visitar o ex-chefe do Executivo na Superintendência do órgão.
Claudio Birolini faz parte da lista de médicos que podem visitar Bolsonaro quando necessário, sem a necessidade de uma autorização prévia por parte do STF (Supremo Tribunal Federal). “É possível nos deslocarmos para Brasília no momento oportuno”, disse o médico, que está em São Paulo.
Bolsonaro já passou por sete cirurgias em decorrência da facada que levou durante as eleições de 2018 e teve quadro recorrente de crises de soluço, além de ter sido diagnosticado com câncer de pele em setembro.
O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) utilizou as redes sociais na sexta-feira (19) para atualizar o estado de saúde de seu pai. Segundo o parlamentar, Bolsonaro estava soluçando enquanto dormia e apresentava episódios de vômito.
Entenda prisão preventiva de Bolsonaro
O pedido de prisão preventiva de Jair Bolsonaro foi solicitado pela PF (Polícia Federal) e autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
Em sua decisão, o magistrado apontou que Bolsonaro tentou romper a tornozeleira eletrônica que utiliza desde agosto para “garantir êxito em sua fuga”. Segundo o ministro do Supremo, o ex-mandatário tentou romper o equipamento por volta da meia-noite de hoje.
A prisão de Bolsonaro é uma medida preventiva. Ainda não houve execução da pena de 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado contra o ex-chefe do Planalto. A Primeira Turma do STF deve analisar na próxima segunda-feira (24), entre 8h e 20h, a decisão que autorizou a prisão preventiva de Bolsonaro.
Vigília convocada por Flávio é citada em decisão
Uma vigília convocada pelo primogênito do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), em frente ao condomínio do pai na sexta-feira (21), também é mencionada na decisão de Moraes.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, Flávio afirmou que o encontro seria “pela saúde de Bolsonaro e pela liberdade do Brasil”.
No entanto, Moraes argumenta que “embora a convocação de manifestantes esteja disfarçada de ‘vigília’ para saúde do réu Jair Messias Bolsonaro, a conduta ilícita indica a repetição do modus operandi da organização criminosa liderada pelo referido réu, no sentido da utilização de manifestações populares criminosas, com o objetivo de conseguir vantagens pessoais”.
