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Médicos apontam quais alimentos têm potencial de inflamar o pâncreas

Médicos indicam o que deve ser cortado da dieta para evitar inflamações no pâncreas. (Foto: Reprodução)

O pâncreas é um órgão vital para a digestão e para o equilíbrio metabólico – mas quando inflama, exige cuidados rigorosos. O diagnóstico de pancreatite assusta justamente porque impõe restrições severas. Em entrevista à coluna Claudia Meireles, dois especialistas da área da saúde explicaram que a alimentação e hábitos saudáveis são pilares indispensáveis para a prevenção e tratamento de quadros mais graves.

Entenda

Segundo o gastroenterologista Diogo Egídio existem dois tipos de pancreatite: aguda e crônica.

A forma aguda se manifesta de maneira rápida e é a mais comum. Geralmente, é desencadeada pelo consumo excessivo de álcool ou por cálculos que migram da vesícula para o pâncreas.

Já a versão crônica pode ter causas variadas, evoluir lentamente e apresentar sintomas como dor persistente, diarreia e até o desenvolvimento de diabetes.

Em casos mais graves há uma falência do pâncreas. O órgão deixa de funcionar e, de acordo com Diogo Egídio, ainda não existe uma cura específica para a doença.

Saiba quais alimentos podem inflamar o pâncreas

Na prevenção e no controle da doença, o gastroenterologista Diogo Egídio é enfático: o álcool deve ser eliminado. O expert destaca ainda que alimentos gordurosos e processados “agregam risco extra” ao pâncreas.

“Pacientes com cálculos na vesícula, por sua vez, devem avaliar a remoção da vesícula como medida preventiva. Na pancreatite crônica, evitar o tabagismo também é fundamental”, salienta.

No contexto de um quadro mais grave de pancreatite aguda, Diogo explica que, em muitas situações, é necessário manter o paciente em jejum. “Depois, a alimentação é retomada de maneira gradual, sempre com uma dieta leve e isenta de gorduras”, destaca.

Dieta, estilo de vida e longevidade

Na visão da médica Elódia Ávila, além de evitar álcool e alimentos ultraprocessados, manter o peso corporal sob controle e praticar atividade física regularmente são atitudes fundamentais para um tratamento eficaz.

“O ideal é priorizar pequenas refeições ao longo do dia, o que evita a sobrecarga do sistema digestivo. Essa abordagem favorece a regeneração, preserva a energia e apoia a longevidade”, reforça.

A médica reconhece que a dieta, isoladamente, não reverte todos os casos. “Ao reduzir o consumo de gorduras nocivas, eliminar o álcool e incluir alimentos naturais na rotina, é possível melhorar consideravelmente a função pancreática, proteger contra complicações e promover o equilíbrio metabólico”, destaca.

Para quem convive com o diagnóstico, Elódia orienta apostar em alimentos nutritivos. “Frutas, verduras, grãos integrais, proteínas magras e gorduras boas, como azeite e sementes, devem ser valorizados. Por outro lado, frituras, embutidos, carnes gordurosas, doces, álcool e alimentos ultraprocessados precisam ser eliminados ou severamente restritos para proteger o organismo e permitir que a longevidade venha acompanhada de bem-estar e qualidade de vida”, conclui.

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