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Memória fraca pode ser uma consequência da enxaqueca

Audição é prejudicada pelas dores influenciando a desatenção. (Foto: Reprodução)

Sabe aquela dor de cabeça forte e frequente? Apesar de muitas pessoas tomarem, equivocadamente, analgésicos por conta própria para aliviar o incômodo, a enxaqueca é uma doença neurológica crônica e afeta cerca de 15% dos brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Ela também pode comprometer a atenção e a memória auditiva das pessoas. “Sempre tive muita dor de cabeça e percebi que isso afetava diretamente meu rendimento durante as aulas. Tinha dificuldade de gravar principalmente o que o professor falava”, conta a economista Antônia Fonseca, 25 anos.

A reclamação de Antônia não é incomum. Uma pesquisa brasileira aponta que quem sofre de enxaqueca pode ter dificuldade em prestar atenção a falas ou explicações. Mais de 80% dos pacientes analisados, fora do período de crise, apresentaram deficiência em memorizar e interpretar informações ouvidas por meio de um fone.

Os participantes tinham entre 18 e 41 anos e sintomas fracos, moderados, fortes ou mesmo nenhum indício da doença. “O que me surpreendeu foi que os pacientes não tinham problemas auditivos. Simplesmente tinham dificuldade para memorizar”, explica a fonoaudióloga e autora da pesquisa, Larissa Mendonça.

Crianças também são atingidas.

De acordo com Thais Rodrigues Villa, neurologista e orientadora do estudo, a doença acomete até crianças. Cerca de 2% dos pequenos também sofrem com as consequências da enxaqueca. Além da forte dor de cabeça, alguns sintomas são sensibilidade a barulhos e luzes.

O tratamento preventivo dura, no mínimo, um ano e é feito de modo individualizado, conforme a frequência e os sintomas apresentados. (AG)

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