Apesar de ter ficado em último lugar entre as 64 inscritas na competição, atleta chamou a atenção pela pouca idade. (Foto: Reprodução)
Quando voltar para Bahrein, o menor dos países independentes do Golfo Pérsico, Alzain Tareq terá muitas histórias para contar aos amigos de escola. Com apenas 10 anos, a mais jovem nadadora do Mundial de Kazan, na Rússia, roubou a cena e ofuscou as principais estrelas durante as eliminatórias na semana passada.
Se no começo era ela quem pedia autógrafos, agora são os famosos que querem tirar fotos com a pequena nadadora, de apenas 1,36 metro de altura. Na área de entrevistas, a sua foi a mais concorrida. Estreando nos 50 metros borboleta, a menina terminou em último, mas saiu da piscina como grande destaque do dia.
“Quando voltar, vou dizer para os meus amigos que vim no Campeonato Mundial e que foi muito legal… Foi uma boa experiência. Amei todos os nadadores aqui. Peguei autógrafos com a Sarah Sjostrom, da Suécia, a Cate [Campbell], da Austrália, a Missy [Franklin], dos Estados Unidos, o Chad Le Clos, da África do Sul”, contou a menina.
O tempo de 41 segundos e 13 centésimos que ela marcou na prova foi o último entre as 64 nadadoras inscritas. Também ficou 1 centésimo acima de seu melhor desempenho no ano. O melhor tempo da eliminatória ficou com a sueca Sarah Sjostrom (25 segundos e 43 centésimos).
Segundo a pequena Tareq, seu objetivo principal é chegar aos Jogos Olímpicos. Provavelmente não no Rio de Janeiro, no ano que vem, mas nas Olimpíadas de Tóquio em 2020, quanso espera estar classificada.
Mais estrelas mirins
Sem um limite mínimo de idade estabelecido, a competição na Rússia contou com nove nadadores mirins nascidos a partir de 2002, ou seja, com no máximo 13 anos. Entre os homens, o mais novo foi Ahnt Khaung Htut, de Mianmar.
Aos 12 anos, ele protagonizou um dos momentos marcantes do primeiro dia de competição, no domingo passado, quando levantou a torcida russa ao nadar sozinho sua bateria na eliminatória dos 100 metros peito. (AG)