O mercado de trabalho brasileiro encerrou o terceiro trimestre com 26,8 milhões de trabalhadores desocupados ou subocupados, segundo pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgada nesta sexta-feira (17).
A taxa composta da subutilização da força de trabalho (que inclui os desocupados, os subocupados por insuficiência de horas e os que fazem parte da força de trabalho potencial) ficou em 23,9%. No terceiro trimestre do ano passado, a taxa de subutilização da força de trabalho havia ficado em 21,2% e, no segundo trimestre deste ano, em 23,8%.
Ainda no confronto com o segundo trimestre de 2017, houve retração desse indicador em quase todas as grandes regiões: Sul (de 8,4% para 7,9%) e Centro-Oeste (de 10,6% para 9,7%). A Região Nordeste (14,8%), apesar da queda na comparação trimestral, permaneceu registrando a maior taxa de desocupação entre todas as regiões. Na comparação anual, a taxa ficou estável nas regiões Sul e Centro-Oeste.
O rendimento médio real habitual das pessoas ocupadas estimado no Brasil (R$ 2.115) apresentou estabilidade tanto em relação ao trimestre imediatamente anterior (R$ 2.108) quanto ao mesmo trimestre do ano passado (R$ 2.065).
Na comparação entre as grandes regiões, do segundo trimestre de 2017 para o terceiro trimestre de 2017, foi observada estabilidade estatística do rendimento médio em todas as regiões. Em relação ao terceiro trimestre de 2016, as regiões Norte (R$ 1.640) e Nordeste (R$ 1.439) tiveram expansão do rendimento, enquanto as demais permaneceram estáveis.
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados (R$ 188,1 bilhões para o País como um todo) registrou crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, apenas a região Sul teve crescimento estatisticamente significativo da massa de rendimento. Em relação ao terceiro trimestre do ano anterior, as Regiões Norte, Sul e Centro-Oeste registraram crescimento estatisticamente significativo da massa de rendimento.
Desocupação
No terceiro trimestre de 2017, a taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 12,4%. Essa estimativa apresentou queda de 0,6 ponto percentual em relação ao trimestre anterior do mesmo ano (13%). Quando comparada com o terceiro trimestre de 2016 (11,8%), a taxa aumentou 0,6 ponto percentual.
No enfoque regional, foram verificadas diferenças de patamares relativos à taxa de desocupação ao longo de todos os trimestres analisados. A região Nordeste permaneceu apresentando as maiores taxas de desocupação ao longo de toda série, tendo registrado, no terceiro trimestre de 2017, uma taxa de 14,8%; enquanto a região Sul teve a menor, 9,7%.
Com exceção das regiões Norte e Sudeste, que apresentavam estabilidade estatística desse indicador frente ao segundo trimestre de 2017, a Nordeste (14,8%), a Sul (7,9%) e a Centro-Oeste (9,7%) tiveram queda na taxa de desocupação. Na comparação anual, Norte, Nordeste e Sudeste tiveram aumento da taxa de desocupação.
