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Mercado espera crescimento de 2% em 2020 mais como alvo do que como piso

O risco-país funciona como um termômetro informal da confiança dos investidores em relação a economias. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Um crescimento ao redor de 2% em 2020 é encarado por parte do mercado mais como alvo do que como piso. Resultados abaixo dos esperados em dezembro e indicadores contraditórios recentes tornam o crescimento do PIB uma dúvida para este ano.

Os dois maiores bancos privados do país, Itaú Unibanco e Bradesco, por enquanto, mantêm suas estimativas em 2,2% e 2,5%, respectivamente. O viés, no caso do Itaú Unibanco, no entanto, é de leve baixa.

Há pontos favoráveis na construção civil, na safra agrícola recorde, no consumo das famílias, no mercado de trabalho e, principalmente, no aumento do crédito.

Apesar da taxa geral de desemprego tenda a permanecer elevada, ao redor de 11%, a expectativa é de formalização mais acelerada das vagas hoje precárias, com impactos positivos na renda e na confiança dos consumidores.

Persiste a incerteza em relação à indústria e, consequência disso, a falta de uma retomada mais firme nos investimentos produtivos —adiados diante da elevada capacidade ociosa.

Pairam dúvidas também a respeito do equilíbrio das contas públicas e da agenda de reformas neste ano eleitoral, mais curto para o Congresso.

A indefinição do que será prioritário na pauta (PEC da Emergência Fiscal, reforma administrativa ou tributária) já é vista em alguma medida como a repetição da desordem política do ano passado, que acabou afetando o crescimento.

Mais otimista, o Bradesco manteve a previsão de 2,5% para o PIB apoiado em dois pilares: recuperação do emprego formal e aumento do crédito. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

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